Freire: mão leve não deterá inflação num país com histórico de indexação
Valéria de Oliveira
O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), disse, nesta quarta-feira, que a atitude do governo frente à inflação representa um perigo. “Essa história de ‘vamos perder um pouco o controle agora’ não poderia ser mais temerária, porque traz em si a noção de que uma mão leve pode deter um processo inflacionário em um país que tem um histórico de indexação de preços”, analisou. Para Freire, o Plano Real e a estabilidade econômica correm riscos.
Segundo o deputado, o aumento nos preços dos combustíveis já está levando muitos empresários a repassar os custos. “Os jovens não estão acostumados a ver a maquininha de remarcação de preços mudando os valores de hora em hora no supermercado”, advertiu. O país sofreu muito com a inflação, disse Freire, e o Plano Real foi fundamental para o país. “Agora corremos o risco perder isso”, lamentou.
O deputado voltou a atacar a condução que os governos Lula/Dilma Rousseff fazem do país, levando-o a importar etanol dos Estados Unidos “porque não tem um estoque regulador”. Segundo ele, agora é preciso uma boa gestão, ao contrário dos “tempos do cobertor longo, que tapava tudo”. “E nós não temos uma boa gestora nesses tempos de pagamento da fatura da irresponsabilidade do governo Lula”.
Ao analisar os problemas do governo Dilma, Freire citou, além da pressão inflacionária, os baixos investimentos e atrasos nas obras do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), os apagões, tanto elétricos quanto de combustíveis e a espoliação da mão de obra em canteiros das construções das usinas do rio Madeira (Jirau e Santo Antônio).
Sobre algumas consequências de medidas tomadas no governo Lula, Freire citou o endividamento – com empréstimos consignados e prestações de automóveis financiados a longo prazo – mesclados com a escalada da inflação que vem desafiando as metas da área econômica. “Quando o cidadão chegar na feira, no supermercado e ver todos os preços subindo, ele vai se afligir com as dívidas que foi incentivado a contrair no governo anterior e que pode não ter como saldar agora”.
FONTE: PORTAL DO PPS
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