Gerson Camarotti
BRASÍLIA. Apesar de ter se tornado precocemente o principal nome tucano para a disputa presidencial de 2014 com a decisão do ex-governador José Serra de concorrer à prefeitura de São Paulo, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) freou a disputa interna entre aliados mineiros pela sucessão do Palácio da Liberdade. Com a impossibilidade do governador Antonio Anastasia (PSDB-MG) de concorrer à reeleição, Aécio avisou ao seu grupo político que não aceitará pressão para antecipar o calendário.
Até então com um calendário mais folgado, Aécio já tem consciência de que passará a ser cobrado pelo PSDB para se posicionar imediatamente para a eleição presidencial de 2014. Para tucanos mineiros, uma coisa é certa: apesar de estar preso no projeto local, Serra ainda joga com o acaso e com uma eventual impossibilidade de Aécio, para retomar no futuro o projeto presidencial adiado neste momento. Por isso, a avaliação interna é que Aécio terá que assumir o papel de presidenciável.
Ao mesmo tempo, Aécio precisará cuidar da sucessão estadual em Minas, já que não haveria um nome natural. Para interlocutores, o senador sinaliza que jogará com sua força política no estado para contar com um candidato de confiança. E com isso, manter a influência direta no Palácio da Liberdade. Mas avisa que terá pressa para a escolha do nome.
- Em Minas, nós temos uma construção política muita sólida e com amplo apoio popular. Isso nos dá tranquilidade para que, na hora certa, possamos escolher o melhor nome que encarne a continuidade dos avanços. Além disso, o fato de o PT ter perdido influência em Minas e Belo Horizonte, tornando-se uma força política secundária, nos dá tranquilidade de escolher o melhor nome, na hora certa - disse ao Aécio Neves ao GLOBO.
FONTE: O GLOBO
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