Paulo Germano
José Fortunati (PDT) se apresentou como Zé, Adão Villaverde (PT) como Villa, Manuela DÁvila (PC do B) como Manu e Wambert Di Lorenzo (PSDB)... continuou Wambert mesmo. Ainda assim, no primeiro programa eleitoral, os candidatos à prefeitura de Porto Alegre convergiram ontem para estratégias semelhantes.
Nenhuma proposta concreta brotou do programa do início da tarde – a apresentação dos projetos deve ganhar força amanhã. O foco de todos foi se apresentar ao eleitor, valorizando suas trajetórias pessoais e políticas, o que incluía depoimentos de familiares e dos principais cabos eleitorais. Quando os candidatos falaram, acabaram desaguando em um discurso quase igual.
– Assim como nós cuidamos da cidade, nós temos de cuidar das pessoas – afirmou Villaverde.
– As pessoas devem estar em primeiro lugar – garantiu Wambert.
– A grande obra mesmo é cuidar bem das pessoas – disse a comunista.
E o atual prefeito "quer lutar pelas pessoas simples", segundo o apresentador do programa.
Curioso foi ver o governador Tarso Genro pedindo voto para Villaverde, enquanto seu vice, Beto Grill (PSB), pedia para Manuela. À noite, três programas mudaram. Fortunati pediu para continuar os projetos que vem tocando, como as obras da Copa e o tratamento de esgoto, enquanto Villaverde, menos conhecido do grande público, buscou colar sua imagem às de Tarso e Olívio Dutra. Manuela foi mais longe: garantiu que, com ela, Porto Alegre será a Capital da educação e da justiça social.
Candidatos que não têm representação na Assembleia e na bancada federal gaúcha, Érico Corrêa (PSTU), Jocelin Azambuja (PSL) e Roberto Robaina (PSOL) nem foram tão diferentes: apresentaram suas trajetórias, mas em programas bem mais curtos. Érico disse que os outros representam a mesma política, "governando para os patrões".
Ainda o português morto
Vergonha. Hipertenso, Wambert Di Lorenzo, candidato do PSDB, chegou a passar mal, sua pressão subiu.
– Fiquei arrasado, constrangido, envergonhado, perplexo, atônito – disse ele, ontem, sobre os erros de português, entre eles "concurço", "ensentivo", "disperdiço" e "pulitica", que apareceram no programa dos candidatos a vereador de sua coligação, na terça-feira.
Wambert disse desconfiar de sabotagem.
Investigação. Mesmo após três reuniões com a produtora contratada, Wambert e o PSDB investigam o funcionário que colocou as legendas.
O candidato ponderou que "ninguém quer ser leviano, mas os erros foram tão grosseiros que pareceu uma coisa deliberada."
Proprietário da HD Produtora, Heron Domingues se desculpou: disse que os vídeos atrasaram, os empregados viraram noites, e que as legendas só entraram "no último minuto do segundo tempo".
FONTE: ZERO HORA (RS)
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