E Cardozo diz não
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, recebeu oito deputados do PT para tratar da Proposta de Emenda Constitucional nº 15, um texto em análise na Câmara que transfere para o Congresso a prerrogativa de decidir sobre a demarcação de terras indígenas. O encontro foi cercado de sigilo porque os parlamentares saíram de lá com a missão de fazer tudo o que estiver ao alcance deles para evitar que a PEC 15 seja aprovada. Em tempo: na Casa, prevalece o argumento de que, se um município, para ser emancipado, precisa de autorização legislativa estadual, o mesmo deve ocorrer, no plano nacional, com as reservas indígenas.
A comissão especial que analisará essa proposta foi instalada no finzinho do semestre legislativo, depois de muita pressão por parte da expressiva da bancada ruralista. Com a firme decisão do governo de enterrar o projeto, pode começar por aí o grande êxodo do setor agropecuário da campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Ele não
Embora os cearenses citem Ciro Gomes como futuro ministro da Saúde, o PT encontrou um meio de convencer a presidente Dilma Rousseff a não entregar o cargo ao representante do Pros. Ciro, na opinião dos petistas e até dos peemedebistas, seria "indemissível" — uma vez fora do governo, viraria adversário no minuto seguinte. E ninguém nomeia alguém que não possa demitir.
Ele sim
O fato de o governador Cid Gomes ter sido um dos precursores do projeto Educação na Idade Certa em Sobral (CE) faz dele uma aposta para o MEC no lugar de Aloizio Mercadante. Por enquanto, não passa disso, uma vez que o PT não aceita abrir nenhuma de suas vagas aos aliados.
Assiduidade
Dos 513 deputados federais, apenas seis compareceram às 311 sessões deliberativas que a Câmara teve desde o início da legislatura, em fevereiro de 2011. São eles: Alexandre Leite (DEM-SP), Lincoln Portela (PR-MG), Manato (SDD-ES), Pedro Chaves (PMDB-GO), Reguffe (PDT-DF), e Tiririca (PR-SP). Nas comissões, Reguffe reinou absoluto. Foi único a ter 100% de presença nos colegiados que faz parte.
Convers@
de Domingo
No site www.correiobraziliense.com.br, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) defende o fim do financiamento das empresas às campanhas eleitorais. "O STF não está interferindo nas atribuições do Congresso ao analisar esse tema", diz ele.
Santinho!/ A presidente Dilma Rousseff ficou brava quando soube que seu discretíssimo chefe de Gabinete, Giles Carriconde (foto), seguindo a praxis normal de anos anteriores, tinha convidado o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, para o coquetel de fim de ano no Alvorada. O problema era o mal-estar que se criaria com o Partido dos Trabalhadores, que não engole a postura de Barbosa em relação ao mensalão.
Docinho!/ Para abrandar o constrangimento do PT por conta da presença de Joaquim Barbosa no coquetel, a saída foi convidar todos os integrantes da Suprema Corte. A presença maciça terminou por ajudar Dilma perante o eleitorado. Ela saiu da quase crise petista com ares de quem está acima de todas essas rusgas partidárias. E assim, o limão do convite a Barbosa virou uma limonada docinha, docinha...
Rio via Paris?!/ Os parlamentares estão assustados com os preços das passagens aéreas neste fim de ano. Quem teve algum imprevisto e precisou mudar a passagem encontrou valores em torno de R$ 3 mil para voar direto de Brasília até o Rio de Janeiro, na próxima sexta-feira. Daqui a pouco, se algum resolver ir ao Rio, via Paris ou Miami, por essas datas poderá dizer que escolheu o trecho por ser mais econômico.
Pegou/ O "vamos conversar?" com que Dilma Rousseff abordou a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), na semana passada no Senado, deixou os tucanos meio bicudos. Alguns acham que a presidente usou de propósito o bordão que o senador Aécio Neves fez ecoar nos programas de rádio e tevê do PSDB.
Fonte: Correio Braziliense
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