Folha de S. Paulo
Eduardo é quem tem costurado relações com
líderes e estrategistas de extrema direita
Enquanto as redes sociais passaram esta
terça (12) discutindo as declarações do deputado Eduardo Bolsonaro sobre
a bissexualidade
do Superman,
outro assunto mais importante ficou de lado. Os encontros do 03 e do presidente
com alvos no inquérito das milícias digitais nos EUA estariam na mira da
Polícia Federal, segundo nota
do Painel.
É mais um capítulo das relações nada republicanas que o filho do presidente
cultiva. Eduardo não parece um sujeito muito inteligente, uma característica da
família. No entanto, o deputado é ambicioso (muito), autoritário (muitíssimo),
esperto (o suficiente) e entendeu onde precisa colar para levar adiante seus
anseios por um estado totalitário.
Os quatro filhos do presidente são investigados. Jair Renan por tráfico de influência. Flávio e Carlos estão ligados a denúncias de rachadinha. O filho 02 é apontado como responsável pela eleição de Bolsonaro e mentor do Gabinete do Ódio. Mas é Eduardo quem tem costurado relações com líderes e estrategistas de extrema direita. Oferece o Brasil como um campo fértil para pautas conservadoras, guerra contra a esquerda e a imprensa. Não é exagero dizer que deveria ser considerado o Bolsonaro mais perigoso.
Logo que Jair ganhou as eleições, o deputado passou a viajar pelo mundo e a participar de eventos como se representasse o país. Aproximou-se de governos extremistas como os da Hungria e da Itália, colocou em dúvida a lisura das urnas eletrônicas em discurso nos EUA.
Eduardo tem andado de braços dados com figuras que estão de olho no Brasil, como Steve Banon, um guru global da direita populista, e Jason Miller, dono da rede social Gettr, que pretende abrigar o mesmo público em troca de liberdade para circulação de fake news e discurso de ódio. Enquanto fazemos piada com a homofobia de Eduardo Bolsonaro, ele garante que as eleições do ano que vem sejam o caos e dinamitem o estado democrático.
Nenhum comentário:
Postar um comentário