Bruna Serra
Com o único representante do PSB no primeiro escalão governo Dilma Rousseff no centro da polêmica do momento, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), deixou a cautela de lado. Ontem, negou de forma veemente que qualquer crise tenha se abatido sobre Fernando Bezerra Coelho, seu escolhido para ocupar o Ministério da Integração Nacional. Para o governador, o ministro não é alvo de uma articulação política para enfraquecer o partido. “Não há crise. Essa história fortalece a relação com a presidenta Dilma. Basta ver hoje as declarações que ela deu, através da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, de que está satisfeita com o trabalho do ministro Fernando Bezerra”, disparou Eduardo.
A interrupção das férias do ministro foi tratada com naturalidade pelo governador, devido à gravidade dos fenômenos climáticos que atingem Rio de Janeiro e Minas Gerais. “Fernando (Bezerra) voltou devido à situação. A própria presidenta fez questão de divulgar, no final de ano, os elogios ao trabalho do ministro. Na hora que tentaram fazer qualquer tipo de ilação política, ela mesmo determinou à ministra da Casa Civil que falasse à imprensa. É natural que, em meio a esses desastres naturais, o ministro interrompa suas curtas férias”, afirmou Eduardo.
Conforme já vinha relatando desde a publicação, pelo jornal O Estado de S. Paulo, de reportagem sugerindo que o ministro estaria beneficiando com verbas sua base eleitoral, o governador elencou os desastres naturais como justificativa para o repasse. “Pernambuco viveu em 2010 o mais grave acidente climático que se tem notícia nesse País. Oitenta mil pessoas ficaram desalojadas ou desabrigadas, as imagens estão nos arquivos das televisões, dos jornais. Vivemos duas enchentes em oito dias, um ano depois uma nova enchente. Este ano, previsão de muita chuva. Então, estamos trabalhando duro na prevenção, em parceria com a verba do governo federal”, defendeu Eduardo, antes de reforçar: “Está tudo esclarecido, não há crise. Crise vimos em 2010 quando o povo ficou sem casa, sem energia, sem telefonia, sem hospital, sem escola. Aquilo foi crise! Temos que esclarecer tudo o que é indagado. Ora, está se falando em privilégio a um Estado que teve o maior desastre que se tem notícia no país”, finalizou.
FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)
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