Sem apoio do partido, ministro do Trabalho deve deixar o cargo nos próximos dias
Pedro Venceslau
Menos de um ano depois de tomar posse como ministro do Trabalho, o jovem Brizola Neto (PDT) já arruma as malas para deixar Brasília. Depois de entrar em rota de colisão com o presidente de seu partido, o ex-ministro Carlos Lupi, perder o apoio da Força Sindical, central sindical que é controlada pela legenda, e ser isolado pela ala “independente” da sigla trabalhista, Neto tornou-se um problema para Dilma Rousseff.
Além de não controlar a bancada pedetista no Congresso Nacional, ele não tem lastro para articular o apoio do partido ao projeto de reeleição da presidente. Segundo interlocutores do governo no Congresso, Brizola Neto deve puxar a fila de mudanças no governo. De acordo com informações da agência de notícias Reuters, a cúpula do PDT pediu que Neto seja substituído pelo secretário-geral do partido, Manoel Dias.
A relação da bancada pedetista em relação ao Palácio do Planalto no Congresso vem se deteriorando desde que Lupi deixou o governo em 2011. A ideia inicial de Dilma ao nomear Brizola Neto era enfraquecer o grupo do ex-ministro e fortalecer uma nova liderança, mas isso acabou não acontecendo.
O PDT definirá, em evento marcado para o fim do mês, quem será o novo presidente da sigla.Oex e o atual ministro travam uma queda de braço nos bastidores, mas Lupi é o franco favorito. Nos últimos meses, o PDT se aproximou do PSDB e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Fonte: Brasil Econômico
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