DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Maia, que deixaria presidência no fim de 2011, propõe convocar convenção em março para eleger nova chefia
Troca de presidente é pedido de Kassab para permanecer no partido; proposta surpreende grupo de Bornhausen
Gabriela Guerreiro
Maia, que deixaria presidência no fim de 2011, propõe convocar convenção em março para eleger nova chefia
Troca de presidente é pedido de Kassab para permanecer no partido; proposta surpreende grupo de Bornhausen
Gabriela Guerreiro
BRASÍLIA - O DEM antecipou para março de 2011 a troca no comando da sigla na tentativa de evitar um racha definitivo da legenda, provocado por briga dos grupos liderados pelo ex-senador Jorge Bornhausen (DEM-SC) e pelo presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Em reunião da Executiva Nacional ontem, Maia apresentou a proposta de convocar para o dia 15 de março convenção nacional extraordinária da sigla para a eleição de seu novo comando.Apesar da proposta representar a antecipação de sua saída da presidência -prevista para o final de 2011-, o gesto dá fôlego para Maia ficar no comando sem ser afastado pelo grupo adversário.
A troca na presidência era a principal reivindicação do prefeito Gilberto Kassab (DEM-SP), desafeto de Maia, para permanecer no DEM.
Bornhausen disse que o gesto de Maia foi "unilateral", sem a possibilidade de contestação dos adversários. A Folha apurou que a proposta pegou de surpresa o grupo de Bornhausen.
Na reunião, não houve espaço para questionamentos à proposta de Maia, uma vez que o regimento do DEM faculta ao presidente convocar convenções nacionais. Com isso, a decisão sobre a troca do comando, que estava restrita à Executiva, se amplia para uma convenção.
"Não adiantava insistir numa tentativa de um acordo porque ele se tornou inviável", afirmou Maia.
Caberá à Executiva eleita em março definir as datas em que serão feitas convenções para a definição de candidaturas às eleições de 2012. Kassab defende a antecipação da troca no comando para se fortalecer na sigla de olho nas convenções municipais.
Após a reunião, Maia responsabilizou José Serra (PSDB), candidato derrotado à Presidência, pelo fraco desempenho da oposição nas urnas. Presidente do PSDB, Sérgio Guerra disse que Serra fez "grande esforço" para vitória da oposição.
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