- Site do PPS
O presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), criticou o acordo selado pela maioria dos grandes partidos brasileiros – PMDB, PSDB, DEM, PSB, PP, PR, PSD e PTB – para aprovar, em regime de esforço concentrado, uma minirreforma política que prevê a criação de um fundo público no valor de R$ 3,5 bilhões para financiamento de campanha e a proposta que institui o fim das coligações nas eleições proporcionais e estabelece cláusula de barreira. O acordo foi divulgado, nesta quinta-feira (22), pelo jornal “O Globo” (veja aqui)..
O parlamentar destacou que as propostas não contribuem para a superação da crise política que atinge o País ocasionada, em grande parte, pelas grandes legendas partidárias.
“O PPS não foi chamado e se tivesse participado teria se posicionado contra essa reforma. Elas não ajudam no encaminhamento de soluções para a crise da representatividade política. Ao contrário, todas essas propostas visam a sobrevivência e a garantia da atual estrutura dos grandes partidos”, afirmou.
Ele salientou ainda que “[os grandes partidos] são os principais responsáveis por todo o desmantelo e corrupção” no Brasil nos últimos anos. “Basta ver que a cláusula de desempenho, a manutenção da estrutura do fundo partidário e do tempo de televisão que beneficiam apenas esses partidos. Como se os responsáveis fossem os pequenos partidos, quando grande parte deles são meros coadjuvantes e profundamente irrelevantes nesse processo de corrupção que o Brasil vem enfrentando e combatendo”, destacou.
A reunião que definiu o acordo foi realizada no gabinete do presidente interino do PSDB, Tasso Jeiressati (CE). O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) será o responsável pela elaboração de projeto que dever ser apresentado já na próxima semana.
As demais matérias que tramitam no Congresso Nacional relacionadas a reforma política deverão continuar sendo analisadas à parte fora do pacote de esforço concentrado. Já a PEC que prevê o fim das coligações proporcionais e a redução do número de partidos com a clausula de barreira, já aprovada pelo Senado, aguarda análise da Câmara dos Deputados.
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