Valéria de Oliveira
DEU NO PORTAL DO PPS
Freire: Agora não vão poder tungar o trabalhador porque foram descobertos.
"Lula está nervoso porque quer tungar a poupança para atender aos interesses dos bancos", disse o presidente do PPS, Roberto Freire, sobre a reação do presidente da República, no Rio de Janeiro, à propaganda política do partido, cujo programa de 10 minutos vai ao ar na noite de hoje (30) e as inserções vêm sendo levadas ao ar desde o dia 21. Freire disse que a preparação da tunga terá de ser interrompido porque "eles (a equipe do governo) foram descobertos".
Segundo Freire, se nenhum partido de oposição tivesse feito nada, "a poupança teria sido tungada para atender aos interesses da banca financeira". Como o PPS denunciou para todo o país a verdadeira intenção do governo, avalia, o governo terá de encontrar outra alternativa para resolver o problema que a queda na Selic (taxa básica de juros) provoca nos fundos de investimentos".
Lula criticou o PPS porque o partido disse que o governo iria mexer na poupança. No entanto, o anúncio de que haveria alterações na caderneta veio do próprio governo, que não especificou o que seria feito, mas deixou implícito que não seria nada em prol do poupador. Ao contrário, privilegiaria os fundos de investimento.
Nas inserções do PPS, o deputado Raul Jungmann (PE) diz que o governo Lula quer mexer na poupança, como fez o governo Collor."Não vão poder mais fazer o que o lobby dos bancos quer; não vão poder tungar o trabalhador, o pequeno poupador porque foram descobertos", afirmou Freire.
O PPS emitiu nota pública na última segunda-feira sobre o assunto. O documento foi aprovado pela Executiva Nacional do partido. Leia a íntegra abaixo:
A CADERNETA DE POUPANÇA E O “LOBBY” DO SISTEMA FINANCEIRO
Tendo em vista a repercussão da inserção de rádio e TV do PPS alertando a população sobre o desejo do governo Lula de mexer na poupança, o ativo financeiro mais popular do país, o Partido Popular Socialista reitera que a questão da poupança tem um caráter técnico, mas adquiriu conotações políticas porque tal medida visa apenas atender ao forte lobby do setor financeiro, que tem se beneficiado enormemente da atual gestão econômica.
Essa tentativa de mudança foi inventada pelos bancos – e assumida pela equipe econômica do governo – para manter o lucro do mercado financeiro, que cobra taxas de administração absurdas de até 4% ao ano para gerenciar os fundos de renda fixa, que são basicamente indexados à taxa Selic, enquanto no exterior, devido a uma maior concorrência do setor bancário, a taxa média de administração é de 0,5% ao ano. Quando a Selic era muito alta, tal custo era "diluído". Agora com ela chegando a um dígito, as taxas de administração tornam esses fundos não competitivos em relação à poupança. Este é o primeiro problema a ser enfrentado.
Assim sendo, uma questão aparentemente “técnica” é, na verdade, uma escolha política do governo Lula para tentar manter a equação macroeconômica que tem proporcionado os maiores ganhos da história do sistema financeiro brasileiro.
A verdadeira crise econômico-financeira pela qual o mundo passa, que teve como epicentro a ausência de regulação do sistema financeiro internacional e se reflete de forma intensa no Brasil, coloca para todos nós o retorno da centralidade da ação política como instrumento da cidadania não apenas para o enfrentamento momentâneo da crise mas, sobretudo, para assentar as bases de um novo desenvolvimento econômico, ambientalmente sustentável e socialmente justo.
Belo Horizonte, MG, 27 de abril de 2009
Comissão Executiva do Diretório Nacional do PPS
DEU NO PORTAL DO PPS
Freire: Agora não vão poder tungar o trabalhador porque foram descobertos.
"Lula está nervoso porque quer tungar a poupança para atender aos interesses dos bancos", disse o presidente do PPS, Roberto Freire, sobre a reação do presidente da República, no Rio de Janeiro, à propaganda política do partido, cujo programa de 10 minutos vai ao ar na noite de hoje (30) e as inserções vêm sendo levadas ao ar desde o dia 21. Freire disse que a preparação da tunga terá de ser interrompido porque "eles (a equipe do governo) foram descobertos".
Segundo Freire, se nenhum partido de oposição tivesse feito nada, "a poupança teria sido tungada para atender aos interesses da banca financeira". Como o PPS denunciou para todo o país a verdadeira intenção do governo, avalia, o governo terá de encontrar outra alternativa para resolver o problema que a queda na Selic (taxa básica de juros) provoca nos fundos de investimentos".
Lula criticou o PPS porque o partido disse que o governo iria mexer na poupança. No entanto, o anúncio de que haveria alterações na caderneta veio do próprio governo, que não especificou o que seria feito, mas deixou implícito que não seria nada em prol do poupador. Ao contrário, privilegiaria os fundos de investimento.
Nas inserções do PPS, o deputado Raul Jungmann (PE) diz que o governo Lula quer mexer na poupança, como fez o governo Collor."Não vão poder mais fazer o que o lobby dos bancos quer; não vão poder tungar o trabalhador, o pequeno poupador porque foram descobertos", afirmou Freire.
O PPS emitiu nota pública na última segunda-feira sobre o assunto. O documento foi aprovado pela Executiva Nacional do partido. Leia a íntegra abaixo:
A CADERNETA DE POUPANÇA E O “LOBBY” DO SISTEMA FINANCEIRO
Tendo em vista a repercussão da inserção de rádio e TV do PPS alertando a população sobre o desejo do governo Lula de mexer na poupança, o ativo financeiro mais popular do país, o Partido Popular Socialista reitera que a questão da poupança tem um caráter técnico, mas adquiriu conotações políticas porque tal medida visa apenas atender ao forte lobby do setor financeiro, que tem se beneficiado enormemente da atual gestão econômica.
Essa tentativa de mudança foi inventada pelos bancos – e assumida pela equipe econômica do governo – para manter o lucro do mercado financeiro, que cobra taxas de administração absurdas de até 4% ao ano para gerenciar os fundos de renda fixa, que são basicamente indexados à taxa Selic, enquanto no exterior, devido a uma maior concorrência do setor bancário, a taxa média de administração é de 0,5% ao ano. Quando a Selic era muito alta, tal custo era "diluído". Agora com ela chegando a um dígito, as taxas de administração tornam esses fundos não competitivos em relação à poupança. Este é o primeiro problema a ser enfrentado.
Assim sendo, uma questão aparentemente “técnica” é, na verdade, uma escolha política do governo Lula para tentar manter a equação macroeconômica que tem proporcionado os maiores ganhos da história do sistema financeiro brasileiro.
A verdadeira crise econômico-financeira pela qual o mundo passa, que teve como epicentro a ausência de regulação do sistema financeiro internacional e se reflete de forma intensa no Brasil, coloca para todos nós o retorno da centralidade da ação política como instrumento da cidadania não apenas para o enfrentamento momentâneo da crise mas, sobretudo, para assentar as bases de um novo desenvolvimento econômico, ambientalmente sustentável e socialmente justo.
Belo Horizonte, MG, 27 de abril de 2009
Comissão Executiva do Diretório Nacional do PPS
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