“Para falar sobre nós, os pontos salientes da análise podem ser sintetizados do seguinte modo: a convicção de que se produzira uma mudança radical nos processos de formação da subjetividade, cujo traço principal era a “mundialização”; a percepção de que os Estados Unidos se encaminhavam para a derrota no Vietnã, o que iria produzir uma crise da sua hegemonia; a convicção de que, consumada a ruptura definitiva entre a URSS e a China, a repressão da “Primavera de Praga” marcava o fim de qualquer possibilidade residual para o comunismo soviético de exercer uma atração mundial e uma função internacional progressista.
Numa escala menor, com a qual se media nossa ação, os dados salientes foram as posições que o PCI assumiu quanto ao movimento estudantil e à intervenção soviética na Tcheco-Eslováquia. Quanto ao movimento estudantil de 1968, o PCI assumiu uma posição de abertura, afirmando querer unir lutas de classe e movimentos antiautoritários na perspectiva de uma transformação socialista original, baseada na difusão da política e na expansão progressiva da democracia articulada pelo reconhecimento da autonomia dos movimentos coletivos e da sua subjetividade política.”
In. Giuseppe Vacca, ‘Por um novo reformismo’, pág. 35. Fundação Astrojildo Pereira / Contraponto, 2009.
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