DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
O presidente Lula voltou a fazer críticas a imprensa, rebateu acusações de autoritarismo e reafirmou seu papel de líder partidário simultâneo ao de chefe de Estado, em entrevista ao portal Terra. Lula sugeriu que a imprensa deveria assumir categoricamente" que tem partido, deixando de "vender uma neutralidade disfarçada".
Lula rebate acusação de autoritarismo
Presidente volta a criticar a mídia, diz que imprensa vende "neutralidade disfarçada" e reafirma seu papel de líder do PT em entrevista na internet
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a fazer duras críticas à imprensa, rebateu acusações de autoritarismo e reafirmou seu papel de líder partidário simultâneo ao de chefe de Estado, em entrevista concedida ao portal Terra, divulgada ontem. Lula sugeriu que a imprensa "deveria assumir categoricamente" que tem candidato e partido, deixando de "vender uma neutralidade disfarçada".Questionado sobre ataques feitos anteriormente à imprensa, Lula disse duvidar "que exista um país na face da Terra com mais liberdade de comunicação do que neste País, da parte do governo".
"A verdade é que nós temos nove ou dez famílias que dominam toda a comunicação do País. A verdade é essa. A verdade é que você viaja pelo Brasil e você tem duas ou três famílias que são donas dos canais de televisão. E os mesmos são donos das rádios e os mesmos são donos dos jornais", disse o presidente.
Para ele, "muita gente" não teria gostado do fato de seu governo ter distribuído os recursos para publicidade para imprensa entre vários Estados. "Hoje, o jornalzinho do interior recebe uma parcela da publicidade do governo." Segundo Lula, "muitas vezes uma crítica que você recebe é tida como democrática e uma crítica que você faz é tida como antidemocrática". "Ou seja, como se determinados setores da imprensa estivessem acima de Deus e ninguém pudesse ser criticado."
Lula disse que, independentemente de quem seja o futuro presidente, um novo marco regulatório de telecomunicações precisa ser discutido. "As pessoas, em vez de ficarem contra, deveriam participar, ajudar a construir, porque será inexorável", afirmou. "Discutir isso é uma necessidade da nação brasileira. Uma necessidade dos empresários, dos especialistas, dos jornalistas, ou seja, de todo o mundo, para ver se a gente se coloca de acordo com o que nós queremos de telecomunicações para o futuro do País."
Sobre as críticas ao seu comportamento como líder partidário, Lula disse que "não é possível o presidente da República agir como magistrado". "Tenho lado. Tenho um partido e tenho candidato", afirmou. Questionado se não tem interferido no processo eleitoral ao adotar tal comportamento, ele rebateu: "Deveria ser cobrado quem perdeu. Quem não conseguiu fazer o sucessor, porque o sucessor é uma das prioridades de qualquer governo para dar continuidade a um programa que você acredita."
Lula disse ter medo que o Brasil "sofra retrocesso" caso sua candidata, Dilma Rousseff, não seja eleita. "Por isso que eu tenho candidato. Seria inexplicável para a sociedade se eu entrasse numa redoma de vidro e falasse: olha, aconteça o que acontecer nas eleições, o presidente da República não pode dar palpite. Mas nem para escolher o Papa acontece isso", afirmou.
Demonizar. Em rápida entrevista, em Brasília,Dilma disse não estar disposta a desautorizar qualquer manifestação no País. Questionada se apoiava o Ato Contra o Golpismo da Mídia, respondeu: "Não sou contra ato nenhum. A gente tem que conviver com eles. Não vou desautorizar nem as perguntas da imprensa nem qualquer ato."
Para a petista, "ninguém pode ser demonizado" no País. "Não vejo nenhuma ameaça a democracia do Brasil. O Brasil vive um momento democrático", disse ela, ao lado do presidente do PT, José Eduardo Dutra, e de Antonio Palocci, um dos coordenadores da sua campanha. "Não é possível a gente julgar que o Brasil tenha qualquer problema na área democrática."
A candidata governista lembrou que enfrentou o regime militar e declarou que jamais poderia ser contra liberdade de expressão. "Tolerância é a melhor palavra para relação democrática. As pessoas têm absoluto direito de falarem o que querem. Você tem o absoluto direito de aceitar ou não. Agora, não dá para demonizar ninguém nesse País. Isso não é clima adequado para um país que saiu há mais de 20 anos da ditadura."
O presidente Lula voltou a fazer críticas a imprensa, rebateu acusações de autoritarismo e reafirmou seu papel de líder partidário simultâneo ao de chefe de Estado, em entrevista ao portal Terra. Lula sugeriu que a imprensa deveria assumir categoricamente" que tem partido, deixando de "vender uma neutralidade disfarçada".
Lula rebate acusação de autoritarismo
Presidente volta a criticar a mídia, diz que imprensa vende "neutralidade disfarçada" e reafirma seu papel de líder do PT em entrevista na internet
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a fazer duras críticas à imprensa, rebateu acusações de autoritarismo e reafirmou seu papel de líder partidário simultâneo ao de chefe de Estado, em entrevista concedida ao portal Terra, divulgada ontem. Lula sugeriu que a imprensa "deveria assumir categoricamente" que tem candidato e partido, deixando de "vender uma neutralidade disfarçada".Questionado sobre ataques feitos anteriormente à imprensa, Lula disse duvidar "que exista um país na face da Terra com mais liberdade de comunicação do que neste País, da parte do governo".
"A verdade é que nós temos nove ou dez famílias que dominam toda a comunicação do País. A verdade é essa. A verdade é que você viaja pelo Brasil e você tem duas ou três famílias que são donas dos canais de televisão. E os mesmos são donos das rádios e os mesmos são donos dos jornais", disse o presidente.
Para ele, "muita gente" não teria gostado do fato de seu governo ter distribuído os recursos para publicidade para imprensa entre vários Estados. "Hoje, o jornalzinho do interior recebe uma parcela da publicidade do governo." Segundo Lula, "muitas vezes uma crítica que você recebe é tida como democrática e uma crítica que você faz é tida como antidemocrática". "Ou seja, como se determinados setores da imprensa estivessem acima de Deus e ninguém pudesse ser criticado."
Lula disse que, independentemente de quem seja o futuro presidente, um novo marco regulatório de telecomunicações precisa ser discutido. "As pessoas, em vez de ficarem contra, deveriam participar, ajudar a construir, porque será inexorável", afirmou. "Discutir isso é uma necessidade da nação brasileira. Uma necessidade dos empresários, dos especialistas, dos jornalistas, ou seja, de todo o mundo, para ver se a gente se coloca de acordo com o que nós queremos de telecomunicações para o futuro do País."
Sobre as críticas ao seu comportamento como líder partidário, Lula disse que "não é possível o presidente da República agir como magistrado". "Tenho lado. Tenho um partido e tenho candidato", afirmou. Questionado se não tem interferido no processo eleitoral ao adotar tal comportamento, ele rebateu: "Deveria ser cobrado quem perdeu. Quem não conseguiu fazer o sucessor, porque o sucessor é uma das prioridades de qualquer governo para dar continuidade a um programa que você acredita."
Lula disse ter medo que o Brasil "sofra retrocesso" caso sua candidata, Dilma Rousseff, não seja eleita. "Por isso que eu tenho candidato. Seria inexplicável para a sociedade se eu entrasse numa redoma de vidro e falasse: olha, aconteça o que acontecer nas eleições, o presidente da República não pode dar palpite. Mas nem para escolher o Papa acontece isso", afirmou.
Demonizar. Em rápida entrevista, em Brasília,Dilma disse não estar disposta a desautorizar qualquer manifestação no País. Questionada se apoiava o Ato Contra o Golpismo da Mídia, respondeu: "Não sou contra ato nenhum. A gente tem que conviver com eles. Não vou desautorizar nem as perguntas da imprensa nem qualquer ato."
Para a petista, "ninguém pode ser demonizado" no País. "Não vejo nenhuma ameaça a democracia do Brasil. O Brasil vive um momento democrático", disse ela, ao lado do presidente do PT, José Eduardo Dutra, e de Antonio Palocci, um dos coordenadores da sua campanha. "Não é possível a gente julgar que o Brasil tenha qualquer problema na área democrática."
A candidata governista lembrou que enfrentou o regime militar e declarou que jamais poderia ser contra liberdade de expressão. "Tolerância é a melhor palavra para relação democrática. As pessoas têm absoluto direito de falarem o que querem. Você tem o absoluto direito de aceitar ou não. Agora, não dá para demonizar ninguém nesse País. Isso não é clima adequado para um país que saiu há mais de 20 anos da ditadura."
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