PDT quer a definição, na próxima semana, do novo ministro do Trabalho
Gerson Camarotti
BRASÍLIA. Depois de quatro meses de indefinição no comando do Ministério do Trabalho, o PDT decidiu dar um ultimato ao Planalto: se não houver decisão na próxima semana, o partido entregará o cargo, computado em sua cota. Mas, diferentemente dos demais aliados, os pedetistas avisam que ficam na base, mesmo sem a pasta.
O recado foi passado ontem pelo líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), à ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Há forte desconforto no partido com a demora da presidente Dilma Rousseff em definir o novo ministro do Trabalho, depois da saída de Carlos Lupi em dezembro do ano passado. A pasta é comandada interinamente por Paulo Roberto Pinto.
- Espero que a presidente Dilma tenha refletido. Se não houver decisão, é melhor entregar o ministério. Ficaremos na base. Do jeito que está, é ruim para todo mundo, principalmente para o governo - avisou Figueiredo.
- Depois de tanto desgaste, a melhor solução é entregar esse ministério. - reforçou o deputado Paulinho da Força (PDT-SP).
Para o PDT, a demora na definição tem um motivo. Dilma quer vencer pelo cansaço e indicar o nome de sua preferência: o deputado Brizola Neto (PDT-RJ), que já recebeu apoio das centrais.
Mas há forte rejeição na bancada do PDT a Brizola Neto. Entre os 26 deputados, o nome de consenso é o do deputado Vieira da Cunha (PDT-RS). A bancada do PDT avisou ao governo que se Brizola Neto for nomeado ministro do Trabalho, será uma indicação pessoal de Dilma, sem respaldo da bancada.
Vamos deixar a presidente à vontade para mostrar que o PDT é diferente. Não vamos botar a faca no pescoço da Dilma - afirmou o deputado André Figueiredo.
FONTE: O GLOBO
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