Daniel Carvalho – Folha de S. Paulo
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), minimizou nesta quinta-feira (9) as divergências internas do PMDB, reforçadas com as declarações do líder do partido na Casa, Renan Calheiros (AL).
"Divergências no PMDB e entre PMDB da Câmara e do Senado é algo que não nos afligem. Pelo contrário, fomenta um debate que é extremamente importante para que o partido se alimente disso e seja cada vez mais forte", afirmou Eunício nesta manhã.
Um dia antes, na quarta-feira (8), Renan disse que o governo do presidente Michel Temer é alvo de uma disputa entre PSDB e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PDMB-RJ), preso em Curitiba pela Operação Lava Jato.
Renan fez críticas à influência de Cunha sobre o Palácio do Planalto e disse que, depois de avançar sobre o governo, os aliados do ex-deputado querem avançar sobre o PMDB.
O mais fiel aliado de Cunha na Câmara, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), redigiu uma carta em que, com apoio de outros deputados, solicita o afastamento do comando do partido de todos os alvos da Operação Lava Jato, como revelou a Folha.
O foco principal dos deputados peemedebistas é o presidente da legenda, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que cancelou a reunião da executiva nacional do partido.
A carta de Marun seria entregue justamente no encontro, que deveria ter ocorrido na tarde de quarta-feira (8).
As declarações de Renan geraram reações no Palácio do Planalto. Temer disse a auxiliares que vai conversar com o senador.
Para o presidente, mesmo para a personalidade do alagoano, Renan tem elevado muito o tom contra o governo, fazendo inclusive críticas à reforma da Previdência.
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