Servilismo
a Trump só gerou ganhos para os EUA e perdas para o Brasil
Diplomacia
bolsonarista é um oximoro, uma contradição em termos; são incompatíveis, ou é
um ou outro. O Brasil está pagando caro por sua diplomacia de coices e
caneladas, que contraria até os princípios básicos da função diplomática. O
servilismo a Trump só gerou ganhos para os Estados Unidos e perdas para o
Brasil. As bravatas de Eduardo Bolsonaro, presidente da Comissão de Relações
Exteriores da Câmara (!), ofenderam a China, prejudicaram as relações com nosso
maior parceiro comercial e dono da matéria-prima das vacinas de que precisamos.
Por nada, por exibicionismo e irresponsabilidade.
Esculachar
a primeira-dama da França não contribuiu para mudar as ideias de Macron sobre a
Amazônia e ganhar a sua boa vontade; hoje ele comanda uma campanha contra a
soja brasileira e a nossa entrada na OCDE.
Quando Bolsonaro apoiou Trump e disse que as eleições lá foram fraudadas, só ganhou a má vontade e o antagonismo do governo Biden. Nosso chanceler disse ao embaixador da Índia que eles eram privilegiados por vender vacinas ao Brasil e teve que enfrentar uma fila, indiana naturalmente, só levou dois milhões de doses.
O
que espanta nessa diplomacia de coices não é só sua falta de educação, sua
grosseria, sua tosquice arrogante, é sua absoluta inutilidade, que só tem dado
prejuízos comerciais e políticos ao país, nos tornando um pária internacional e
alvo de riso e deboche no mundo inteiro. Qual é a onda desses caras? O
objetivo? A ideologia? Ou é só pura estupidez e fanatismo?
Eles
combatem o globalismo, mas precisam comprar vacinas da Índia e insumos da
China, implorar para que nos vendam; e, como somos os últimos a comprar,
reclamam dos preços ditados pela lei da oferta e da procura, que Bolsonaro
tenta revogar.
Antes se dizia, como elogio à educação, cultura e preparo de uma pessoa, “fulano é um diplomata”, mas a expressão foi desmoralizada pela turba que tomou as rédeas do Itamaraty, escoiceando nossos parceiros comerciais e nos dando vergonha e prejuízos a cada relincho.
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