DEU EM O GLOBO
Senador mineiro vai apresentar proposta de reformas política e tributária. Serra defende colaboração entre governos
Adauri Antunes Barbosa, Cristiane Jungblut e Maria Lima
SÃO PAULO e BRASÍLIA. Político mais aplaudido na celebração da posse do governador Antonio Anastasia (PSDB), o ex-governador e senador eleito Aécio Neves (PSDB) prometeu fazer uma oposição "atenta e vigilante" ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), mas disse que espera o apoio de senadores da base do governo para construir uma agenda de reformas de interesse do país.
- Como brasileiro, desejo a ela sorte em sua gestão, mas repito: não há governo forte sem oposição forte. Faremos uma oposição leal ao Brasil e aos brasileiros, mas vigorosa em relação às ações do governo - disse Aécio, acrescentando que deve concluir, em até dois meses, um esboço de uma agenda de reforma política e tributária do país, além de medidas que julga necessárias ao fortalecimento de estados e municípios.
Aécio afirmou já ter mantido conversas com senadores da base da presidente e estar otimista em relação à construção das reformas, para que o Congresso não seja "caudatário de uma agenda de interesse exclusivo do Poder Executivo".
- Isso apequena o Congresso e é o que tem acontecido ao longo dos últimos anos - afirmou.
Perguntado sobre a ascendência do presidente Lula sobre Dilma e a influência do petista no novo governo, Aécio disse esperar que o ex-presidente cumpra a promessa de ter um comportamento exemplar:
- O presidente Lula disse algumas vezes que demonstrará na prática como deve agir um ex-presidente da República. Vamos aguardar e observar qual é a forma que ele compreende que seja a mais adequada.
Aécio disse esperar que Minas não sofra discriminação por parte do governo federal. O tucano criticou a escolha do primeiro escalão do governo Dilma, por contar com apenas um representante de Minas Gerais, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT).
- Como ele entra numa cota pessoal, vejo que do ponto de vista político Minas ficou excluída do atual governo - disse.
O ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou, durante a posse do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), que a população quer a cooperação entre os governos federal, estadual e as prefeituras:
- O que a população sempre espera é cooperação entre governos. Nós governamos assim em São Paulo. O Covas governou assim, o Alckmin também, eu governei assim e o Alckmin vai continuar governando assim.
Em rápida conversa com jornalistas, Serra se limitou a dizer que, daqui para a frente, vai "ganhar a vida" já que "não tem renda", mas não abandonará a atividade política:
- Na atividade política, eu sempre estive e vou continuar.
Já em Brasília, num plenário dominado por aliados que gritavam palavras de ordem elogiosas, alguns integrantes da oposição marcaram presença na cerimônia de posse de Dilma, no Congresso. O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) chegou a ficar inquieto com a ausência de colegas da oposição:
- Fiquei sozinho no ninho!
Aos poucos, outros foram chegando, e o deputado Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA) sentou-se ao lado de Dilma, porque é integrante da Mesa Diretora. Questionados, os parlamentares respondiam que cumpriam uma obrigação constitucional.
- Estou cumprindo meu dever constitucional - defendeu José Carlos Aleluia (DEM-GO).
Já o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) não perdeu a chance de criticar o longo discurso de Dilma.
- Ela fez um discurso horroroso, para agradar todo mundo. Ela estendeu a mão para a oposição, e nós também lhe estendemos a mão. Mas não bastam só palavras - disse.
Senador mineiro vai apresentar proposta de reformas política e tributária. Serra defende colaboração entre governos
Adauri Antunes Barbosa, Cristiane Jungblut e Maria Lima
SÃO PAULO e BRASÍLIA. Político mais aplaudido na celebração da posse do governador Antonio Anastasia (PSDB), o ex-governador e senador eleito Aécio Neves (PSDB) prometeu fazer uma oposição "atenta e vigilante" ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), mas disse que espera o apoio de senadores da base do governo para construir uma agenda de reformas de interesse do país.
- Como brasileiro, desejo a ela sorte em sua gestão, mas repito: não há governo forte sem oposição forte. Faremos uma oposição leal ao Brasil e aos brasileiros, mas vigorosa em relação às ações do governo - disse Aécio, acrescentando que deve concluir, em até dois meses, um esboço de uma agenda de reforma política e tributária do país, além de medidas que julga necessárias ao fortalecimento de estados e municípios.
Aécio afirmou já ter mantido conversas com senadores da base da presidente e estar otimista em relação à construção das reformas, para que o Congresso não seja "caudatário de uma agenda de interesse exclusivo do Poder Executivo".
- Isso apequena o Congresso e é o que tem acontecido ao longo dos últimos anos - afirmou.
Perguntado sobre a ascendência do presidente Lula sobre Dilma e a influência do petista no novo governo, Aécio disse esperar que o ex-presidente cumpra a promessa de ter um comportamento exemplar:
- O presidente Lula disse algumas vezes que demonstrará na prática como deve agir um ex-presidente da República. Vamos aguardar e observar qual é a forma que ele compreende que seja a mais adequada.
Aécio disse esperar que Minas não sofra discriminação por parte do governo federal. O tucano criticou a escolha do primeiro escalão do governo Dilma, por contar com apenas um representante de Minas Gerais, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT).
- Como ele entra numa cota pessoal, vejo que do ponto de vista político Minas ficou excluída do atual governo - disse.
O ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou, durante a posse do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), que a população quer a cooperação entre os governos federal, estadual e as prefeituras:
- O que a população sempre espera é cooperação entre governos. Nós governamos assim em São Paulo. O Covas governou assim, o Alckmin também, eu governei assim e o Alckmin vai continuar governando assim.
Em rápida conversa com jornalistas, Serra se limitou a dizer que, daqui para a frente, vai "ganhar a vida" já que "não tem renda", mas não abandonará a atividade política:
- Na atividade política, eu sempre estive e vou continuar.
Já em Brasília, num plenário dominado por aliados que gritavam palavras de ordem elogiosas, alguns integrantes da oposição marcaram presença na cerimônia de posse de Dilma, no Congresso. O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) chegou a ficar inquieto com a ausência de colegas da oposição:
- Fiquei sozinho no ninho!
Aos poucos, outros foram chegando, e o deputado Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA) sentou-se ao lado de Dilma, porque é integrante da Mesa Diretora. Questionados, os parlamentares respondiam que cumpriam uma obrigação constitucional.
- Estou cumprindo meu dever constitucional - defendeu José Carlos Aleluia (DEM-GO).
Já o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) não perdeu a chance de criticar o longo discurso de Dilma.
- Ela fez um discurso horroroso, para agradar todo mundo. Ela estendeu a mão para a oposição, e nós também lhe estendemos a mão. Mas não bastam só palavras - disse.
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