DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Sob a retórica da continuidade, mas avanços, o discurso de posse de Dilma Rousseff trouxe a primeira novidade, embora esperada: sai a emoção pura, o intuitivo Luiz Inácio Lula da Silva, entra a razão pura.
Das 14 páginas do discurso, conforme previamente distribuído à imprensa, apenas as duas primeiras são, por defini-las de alguma forma, de emoção e reconhecimento a Lula e ao vice José Alencar.
Daí em diante, é uma lista das "ferramentas" necessárias ao avanço. Discurso muito mais de gerente do que de política, o que, de resto, combina perfeitamente com a biografia da presidente.
Pena que haja um excesso de generalidades e platitudes e uma carência de detalhes.O elenco de necessidades e maneira de encará-las pode ser aplaudido pelo DEM e pelo PT, pelo PSB e pelo PSDB.
Talvez só não o seja pelo PSOL, o único partido que questiona o modelo que marcou os dois governos que antecederam Dilma.
Surpreende, em todo o caso, que Dilma volte a um tema caro a Lula, o da miséria e o da comida à mesa dos brasileiros.
Lula, ao ser eleito, dizia que ficaria satisfeito se todo brasileiro pudesse ter três refeições diárias.
Oito anos depois de tanto "nunca antes na história deste país", vem sua sucessora e apadrinhada dizer que não vai descansar "enquanto houver brasileiros sem alimentos na mesa".
Fica claro, pois, no próprio discurso, que o povo brasileiro ainda "não fez a travessia para uma outra margem da história", ao contrário de uma das poucas frases de efeito usada no discurso.
Ao estabelecer como meta a erradicação da miséria absoluta, ao mesmo tempo em que crava como "valor absoluto" a estabilidade econômica, Dilma cria para si um baita desafio, nunca antes resolvido no mundo todo.
Sob a retórica da continuidade, mas avanços, o discurso de posse de Dilma Rousseff trouxe a primeira novidade, embora esperada: sai a emoção pura, o intuitivo Luiz Inácio Lula da Silva, entra a razão pura.
Das 14 páginas do discurso, conforme previamente distribuído à imprensa, apenas as duas primeiras são, por defini-las de alguma forma, de emoção e reconhecimento a Lula e ao vice José Alencar.
Daí em diante, é uma lista das "ferramentas" necessárias ao avanço. Discurso muito mais de gerente do que de política, o que, de resto, combina perfeitamente com a biografia da presidente.
Pena que haja um excesso de generalidades e platitudes e uma carência de detalhes.O elenco de necessidades e maneira de encará-las pode ser aplaudido pelo DEM e pelo PT, pelo PSB e pelo PSDB.
Talvez só não o seja pelo PSOL, o único partido que questiona o modelo que marcou os dois governos que antecederam Dilma.
Surpreende, em todo o caso, que Dilma volte a um tema caro a Lula, o da miséria e o da comida à mesa dos brasileiros.
Lula, ao ser eleito, dizia que ficaria satisfeito se todo brasileiro pudesse ter três refeições diárias.
Oito anos depois de tanto "nunca antes na história deste país", vem sua sucessora e apadrinhada dizer que não vai descansar "enquanto houver brasileiros sem alimentos na mesa".
Fica claro, pois, no próprio discurso, que o povo brasileiro ainda "não fez a travessia para uma outra margem da história", ao contrário de uma das poucas frases de efeito usada no discurso.
Ao estabelecer como meta a erradicação da miséria absoluta, ao mesmo tempo em que crava como "valor absoluto" a estabilidade econômica, Dilma cria para si um baita desafio, nunca antes resolvido no mundo todo.
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