Pré-candidato do PSB à Presidência diz que essa será sua primeira medida caso eleito
Ex-governador afirma que não vai “ministerializar” governo
Lais Menezes – O Globo
BELÉM (PA) – Em visita a Belém, o pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, afirmou a empresários que sua primeira medida, caso seja eleito presidente da República, será realizar uma reforma política. Campos não detalhou como promoverá as mudanças, que precisam de aprovação do Congresso, e se referiu mais ao excesso de ministérios no governo Dilma Rousseff, que seu partido integrou até outubro do ano passado.
— Estou convencido que do jeito que está o arranjo em Brasília, o Brasil não vai para frente. No nosso governo, nós não vamos distribuir ministérios como se distribui bananas. Temos que reduzir o número de ministérios e colocar pouca gente que sabe o que está fazendo, e não muita gente que não faz nada — afirmou a empresários, em almoço promovido pelo Fórum das Entidades Empresariais, na sede da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa).
Mais cedo, logo em sua chegada a Belém, Campos afirmara que não iria “ministerializar” a política se chegasse à Presidência, em referência ao loteamento de cargos no governo.
— Partido nenhum vai ser dono de nenhum ministério — disse Campos, acrescentando que não pretende se apresentar como um candidato de direita ou de esquerda.
O pré-candidato do PSB também disse que o país teve no governo Dilma o crescimento mais baixo dos últimos anos, e ressaltou que o país sofre com obras de infraestrutura paradas, crise na Segurança Pública e na Saúde.
Numa rápida entrevista coletiva no aeroporto de Belém, onde chegou por volta das 11h40m com um pequeno atraso, Campos disse que não chegava ao Pará em busca de alianças políticas, mas para conhecer o estado e apresentar sua visão do que seria um projeto de governo novo, que contemplasse as necessidades da Região Norte. Ele afirmou que as alianças surgirão com o tempo.
No almoço com os empresários, Campos disse que a Região Norte foi esquecida pelo governo:
— Temos que mudar a visão que se tem com relação a essa região: de que é uma região que elege, mas que não tem participação política no país. A região Norte é vista como celeiro de eleitores, mas não como celeiro de gente.
O Pará é o quarto dos seis estados que o pré-candidato do PSB pretende visitar esta semana.
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