Vice-presidente do partido defende prévia; Alckmin se mostra cauteloso sobre 2014: "Não há razão para antecipar"
Isabel Braga, Gustavo Uribe
BRASÍLIA e SÃO PAULO - Num esforço para tentar demonstrar um prenúncio de união em meio às divergências tucanas, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, reforçou ontem que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) é o nome natural para assumir a presidência do partido. Alckmin minimizou, no entanto, os problemas que o PSDB enfrenta com o ex-presidenciável José Serra, que ameaça deixar o partido, caso não seja ouvido na formação da nova executiva do PSDB, que deverá ter Aécio na cabeça. O PSDB fará eleição para escolher a nova Executiva Nacional da legenda em maio deste ano.
Aécio deve presidir o PSDB
Enquanto isso, Alberto Goldman, vice-presidente do PSDB e aliado de Serra, diz que o nome de Aécio para presidir o partido "é um fato definitivo", mas não sabe dizer se o nome do senador mineiro é o melhor para disputar a Presidência da República. Goldman defende que sejam realizadas primárias para a escolha do candidato do partido a presidente.
- É muito importante a realização de primárias, desde que haja, claro, pelo menos dois candidatos - disse Goldman, em entrevista ao GLOBO esta semana.
Alckmin evitou falar sobre a candidatura de Aécio Neves para a Presidência da República em 2014.
- A eleição é só no ano que vem, não há razão para antecipar. O que vai definir agora é a direção partidária, em maio. O nome natural para presidir o partido é o do Aécio - disse o governador de São Paulo.
A direção do PSDB trabalha para eleger Aécio como presidente nacional do partido, o que seria o primeiro passo para dar corpo à candidatura dele à Presidência do país em 2014.
Na avaliação da cúpula do PSDB, Aécio terá mais condições, como presidente da legenda, de fazer oposição ao governado federal e à presidente Dilma Rousseff, que é candidata à reeleição.
Alckmin estava relutando em se manifestar. Mas, esta semana, atendendo a pedido da direção partidária, declarou apoio a Aécio. O governador paulista esteve ontem em Brasília para audiência com o ministro dos Portos, Leônidas Cristino. Os dois trataram dos problemas no Porto de Santos.
O tucano também evitou criticar a presidente Dilma Rousseff. Indagado sobre as declarações da presidente sobre as políticas para conter inflação, que mexeram com o mercado financeiro e elevaram os juros futuros, o governador de SP se limitou a responder:
- Acho que ela depois esclareceu e reduziu o estresse.
Fonte: O Globo
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