quarta-feira, 14 de maio de 2014

Brasília-DF: Denise Rothenburg

- Correio Braziliense

Meirelles com Aécio
A casa dos 20% nas pesquisas de intenções de voto para presidente da República fez aumentar o assédio dos políticos ao senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais. Hoje, ele conversará com o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que estará em Brasília junto com o ex-prefeito Gilberto Kassab. Assim como Kassab é cotado para vice na chapa do tucano Geraldo Alckmin, Meirelles surge agora como o mais novo ativo da bolsa de apostas para vice de Aécio.
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Em tempo: na conversa que Aécio teve com José Serra na semana passada, o senador não mencionou a vaga de vice-presidente. Ou seja, para alguns políticos do PSDB de São Paulo, o recado está dado. Não é por acaso que aliados de Serra começaram a espalhar que o desejo maior do ex-governador paulista é ser candidato a deputado federal. Aécio, entretanto, prefere esperar e aproveitar o cargo para buscar outros partidos, abrindo todas as portas. Na roda, entraram ainda Miguel Torres, presidente da força Sindical, e Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Contrabando
A proibição de inserir temas estranhos a medidas provisórias não inibe os senadores. Ontem, por exemplo, Gim Argello (PTB-DF) tentou com esse artifício regularizar áreas públicas ocupadas no Distrito Federal por entidades de assistência social, educação e templos de qualquer culto. Fez o mesmo para tentar nacionalizar fora do Brasil mercadorias importadas. Tudo numa MP que trata de percentual de álcool na gasolina. Eu, hein.

Por falar em álcool
A briga na MP 638, essa em que Gim tentou o contrabando, se transformou numa briga entre produtores e governo. Os produtores de álcool defendem 27,5% do produto para mistura na gasolina, enquanto o governo deseja apenas 25%. A ideia dos produtores de álcool — além, é claro, de tentar turbinar o próprio negócio fazendo a riqueza girar aqui — tem por objetivo reduzir a importação de gasolina.

Assopra & morde
A festa de aniversário do deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) na noite de segunda-feira serviu para aproximar ainda mais o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Agora, há quem diga que se Eduardo continuar criticando o antigo governo de Fernando Henrique Cardoso, a união ficará difícil.

Pauta adiada
Antes de Aécio Neves chegar ao evento do partido Solidariedade, o deputado Paulinho da Força avisou que não iria tratar da jornada de 40 horas semanais. "Do jeito que a economia está agora, não podemos ter essa agenda", explicou.

CURTIDAS
Logo eu?!!!!/ Na corrida para tentar garantir a permanência dos famigerados totens espalhados por Brasília, o dono da Embrasil-EU, Samir Astassie, procurou o arquiteto Carlos Magalhães, em busca de apoio. Magalhães, um dos ícones na luta pela preservação do traçado da cidade, sempre sincero e direto, não titubeou: "Eu que comecei essa guerra contra isso aí, pô!" A Samir restou recolher os flaps.

O Eurípedes adoeceu.../ A crise entre o Pros e o governador do Ceará, Cid Gomes (foto), foi para ao estaleiro. É que o presidente do Pros, Eurípedes Júnior, ficou doente e ligou para o governador pedindo encarecidamente que deixasse a reunião para outro dia. Dentro do partido, há quem diga que essa doença "ou é praga ou é fingimento".

...e o Carimbão arrefeceu/ O líder do Pros, Givaldo Carimbão, coloca panos quentes na briga: "Em nenhum momento mandei investigar ou denunciei irregularidades em obra no Ceará. Denúncias guardadas estrategicamente como forma de ameaça a possíveis desentendimentos tornam a política mesquinha e pequena. Não tenho, nem nunca tive, em meus 27 anos de vida pública, em sete mandatos, o objetivo de fazer a política pequena", diz. Em tempo: quanto ao Ministério da Integração, ele afirma que quem decide é a presidente Dilma.

Comportem-se, crianças!/ A posse da diretoria da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) foi uma sucessão de gafes. Primeiro, começou meia hora mais cedo, porque o ministro dos Transportes, Cesar Borges, tinha sido chamado ao Palácio. Resultado: quando as pessoas chegaram, o evento já estava quase no fim. Para completar, o ministro, ao sair, repetiu três vezes: "Vocês, juízo!"

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