Eu e o Guilherme Afif fizemos campanhas juntos em vários momentos, com o objetivo de eleger presidente, governador, senador, prefeito. Em todos eles nosso adversário comum foi o PT. Fomos vitoriosos várias vezes e fomos derrotados nas eleições presidenciais quando se elegeu Lula e Dilma presidentes. Juntos não chegamos lá. Ele, agora, de certa forma, chegou. Vai ser ministro. Tem qualidades para tal. Poderia ser um bom ministro se eu acreditasse na possibilidade desse governo ainda ter salvação. Não tem. É uma mediocridade, com a qual ele vai ter que se misturar.
Os votos que ele recebeu na chapa com Geraldo Alckmin foram os mesmos que eu e Serra havíamos recebido 4 anos antes. Foram votos de São Paulo contra o avassalador domínio petista na área federal. A sua adesão à aliança petista que governa o Brasil não respeita as reiteradas manifestações desse eleitorado.
Alguns dizem que, sob o aspecto jurídico, ser ministro e manter o cargo de vice governador, não é incompatível. A meu ver é gritantemente ilegal. Mas, mais que isso, é politicamente inaceitável. Aqui com o PSDB, lá com o PT. Para onde vai a coerência? Como interpretará o eleitor?
Deixa um trabalho que vinha fazendo com eficácia: o comando do Conselho Gestor das PPPs, no qual poderia ainda fazer muito pelo Estado que o elegeu vice governador. Sua contribuição aqui, no Estado, foi valiosa, e certamente seria melhor para a sociedade do que na função que vai exercer a nível federal e foi aqui que o povo, o supremo condutor da vida do político, decidiu que ele deveria dar a sua contribuição.
Fonte: Blog Goldman
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