Coordenador diz que 2° lugar no Datafolha indica apoio popular e que a Justiça Eleitoral "vai ter que achar a solução"
Isadora Peron
Integrantes da Rede Sustentabilidade consideram que o segundo lugar nas pesquisas da ex-senadora Marina Silva vai contribuir para que o partido consiga o registro a tempo de disputar as eleições de 2014. A Rede tem enfrentado problemas na validação de assinaturas nos cartórios e corre contra o relógio para conseguir o registro no Tribunal Superior Eleitoral.
"(O desempenho de Marina) é um sinal de que a sociedade está legitimando esse partido. Isso cria um ambiente favorável no Judiciário", argumenta André Lima, membro da Executiva provisória da sigla. Na última pesquisa Datafolha, divulgada no fim de semana, Marina aparece com 26% das intenções devoto e disputaria o 2° turno com A presidente Dilma Rousseff (PT).
No planejamento inicial, a Rede pretendia já ter conseguido validar as 492 mil assinaturas necessárias para criar o partido e formar diretórios em nove Estados. Mas, diante dos atrasos nos cartórios, trabalha com novo cronograma: até semana que vem pretende conseguir a certificação de pelo menos 90% das fichas de apoio e solicitar o registro até o final do mês.
Segundo Lima, caberia ao órgão certificar as assinaturas restantes. "O TSE vai ter que achar uma solução. A Justiça eleitoral é uma só, do cartório eleitoral aos ministros do tribunal federal. Não vamos levar 500 mil fichas para serem validadas no TSE. Vamos levar um resíduo", afirma. Com essa estratégia, o grupo pretende transferir para a Justiça Eleitoral a responsabilidade pela demora nos cartórios. "O TSE tem que fazer o mea culpa e reconhecer as deficiências do sistema", afirma José Fernando Oliveira, também da coordenação da Rede.
Prazo. Até ontem, apenas 189 mil assinaturas coletadas pela Rede haviam sido validadas. O partido diz já ter encaminhado aos cartórios mais de 650 mil fichas, mas alega que eles não cumpriram o prazo legal de 15 dias para analisá-las. Em outro movimento por agilidade,Marina pediu esta semana uma audiência com a ministra do TSE, Cármen Lúcia, e com a corregedoria do órgão. Os encontros ainda não foram agendados.
Para que o partido possa disputar as eleições de 2014 precisa de registro seja aprovado pelo TSE até um ano antes do pleito - no caso, 5 de outubro.
Na legalização do PSD, em 2011, a sigla também entrou com o pedido sem ter cumprido todas as exigências legais. O registro foi pedido em 23 de agosto e sua criação foi aprovada em 27 de setembro.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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