Michel Temer nomeia Torquato Jardim para o Ministério da Justiça
Ao anunciar a decisão, presidente agradeceu o emprenho e o trabalho realizado pelo deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Rosana Hessel | Correio Braziliense
O presidente Michel Temer promoveu, neste domingo (28/5), uma troca de cargos no primeiro escalão. Osmar Serraglio, que até então era ministro da Justiça, cede o lugar para o jurista Torquato Jardim e passa a ocupar o cargo deste, ficando à frente do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU)*.
Na nota, divulgada pouco depois das 14h, Temer agradeceu o empenho e o trabalho realizado por Serraglio (PMDB-PR) à frente do Ministério da Justiça e disse que espera continuar com sua colaboração "em outras atividades em favor do Brasil".
A troca de cargos ocorre às vésperas do julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que será retomado em 6 de junho. Com a mudança, Temer coloca à frente da pasta da Justiça um ex-ministro do tribunal que pode, agora, cassar seu mandato.
Neste mesmo domingo, o Correio publicou entrevista com Jardim na qual ele fez grande defesa do presidente e afirmou não acreditar que o julgamento no TSE seja concluído no dia 6. "É inevitável que haja um pedido de vistas", afirmou Jardim, que, quando conversou com o jornal, ainda estava na CGU.
Momento conturbado
A saída de Serraglio ocorre no momento mais conturbado do governo Temer, que se vê ameaçado desde que o escândalo das delações da JBS vieram à tona. Na última semana, Temer foi alvo de ainda mais críticas ao convocar as Forças Armadas para fazer a segurança de Brasília durante um dos maiores protestos contra seu governo e as reformas que tenta implantar.
No fim da semana passada, outro nome do primeiro escalão deixou o governo. Na sexta-feira (26/05), a então presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos Marques, pediu demissão e será substiuída, a partir de segunda-feira, pelo atual presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o economista Paulo Rabello de Castro.
*Correção: uma versão anterior desta matéria informava, equivocadamente, que Osmar Serraglio retornaria à Câmara dos Deputados, o que resultaria na perda de mandato do seu suplente, Rodrigo Rocha Loures, flagrado na operação Lava-Jato recebendo uma mala com R$ 500 mil da JBS.
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