O governo quer jogar pingue-pongue
A ordem no Planalto é empurrar a definição sobre a adoção do orçamento impositivo. Por isso, não fechou acordo com a Câmara. O governo bateu pé nos 50% para a Saúde quando os líderes haviam evoluído de 33% para a vinculação de 40%. A presidente Dilma ganhou apoio à proposta de 50% dos líderes do Senado. Embora o do PMDB, Eunício Oliveira, tenha feito a ressalva de que essas emendas não ficariam restritas a investimentos, mas também poderiam ser usadas para gastos de custeio. A divergência entre Câmara e Senado é o melhor dos mundos para o Planalto, pois o assunto ficará rolando de uma Casa para outra sem que seja tomada qualquer decisão.
Na moita
Algumas entidades fluminenses têm evitado divulgar agendas conjuntas com o governador Sérgio Cabral. Elas temem que seus eventos acabem se tornando ponto de encontro de manifestações populares, o que estragaria a festa.
Bater na mesma tecla
Os conselheiros da presidente Dilma querem que ela reforce a defesa da reforma política. Avaliam que a tese colou na opinião pública e que o Congresso vai propor mudanças que não vão aplacar a expectativa da população brasileira.
Na mira de Aécio: Serra e Dilma
O presidente do PSDB, Aécio Neves, mandou fazer sua própria pesquisa sobre a sucessão. Nela, ao contrário do Datafolha, ele aparece na frente de José Serra. O placar: 15,8% x 8,8%. Serra ganha de Aécio na rejeição. O placar: 27% x 12%. O Instituto Ideia, que ouviu três mil pessoas em 225 municípios, apurou também que 56,5% dizem que a presidente Dilma não merece continuar.
Passar borracha no passado
O comandante Juniti Saito (Aeronáutica), ao ler no Senado nota do governo pela morte do brigadeiro Rui Moreira Lima, omitiu trecho no qual diz que ele foi contra o golpe de 64, torturado e cassado.
O DEM do B
Candidato do DEM ao governo de Goiás, Ronaldo Caiado não está só no apoio à candidatura de Eduardo Campos (PSB) ao Planalto. O candidato do DEM ao governo do Ceará, Moroni Torgan, também está fechando com o socialista.
Pé no acelerador
Dez ministros se reuniram ontem com Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti. A orientação do Planalto foi para apressar as obras e entregar tudo para a população. "Chegou a hora da colheita, e nós temos o que mostrar", proclamou Gleisi. Os ministros vão andar país afora, evitando que prefeitos e governadores se apropriem de obras federais.
Bola cheia
No retorno de Ribeirão Preto para Brasília, na segunda-feira, chamou a atenção da comitiva da presidente Dilma a longa conversa dela com o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). A leitura dos assessores da presidente é que, a despeito das derrotas na Câmara, a presidente está satisfeita com o desempenho de seu líder.
Foi o vice Michel Temer quem informou aos líderes aliados que a presidente Dilma rejeitava um acordo na Câmara sobre o orçamento impositivo.
Fonte: O Globo
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