Forças do partido declaram simpatia pelo líder do PSB para fazer oposição ao PT em 2014
André Pires
Agraciado pela presidente Dilma Rousseff na reforma ministerial, o PDT parece não ter sentido o afago da petista. Nem mesmo a troca de Brizola Neto por Manoel Dias no comando do Ministério do Trabalho, solicitada pela executiva nacional do partido, esfriou o “namoro” dos pedetistas com a candidatura de Eduardo Campos(PSB/PE) para a Presidência na eleição de 2014. A simpatia da legenda será demonstrada hoje em uma participação do governador pernambucano na sede da Força Sindical, em São Paulo. “Eu acho muito importante que o Eduardo Campos seja candidato. É uma alternativa de peso para a esquerda. É um candidato que pode oferecer algo diferente para aqueles que estão cansados do PT, da Dilma e de uma série de coisas do atual governo”, enfatizou o deputado federal Paulinho da Força, que será o anfitrião na palestra do futuro candidato à presidência.
Um dos líderes do PDT em São Paulo, o deputado admite que não dá para confirmar, ainda, o apoio da legenda a Eduardo Campos em 2014 e o fim da aliança com o PT, mas reconhece “que tem muita gente no partido que vê com bons olhos e simpatia a candidatura”. Sobre a possível traição do partido ao carinho feito por Dilma com a troca do ministro do trabalho, Paulinho deixa clara a posição. “Nós do PDT consideramos que a mudança no Ministério do Trabalho está relacionada com o apoio que demos em 2010 e não tem relação com um futuro apoio em 2014”, afirma.
A posição de Paulinho da Força poderia ser única e não representar a visão do PDT, mas basta conversar um pouco com os senadores e deputados da legenda para perceber a tendência em apoiar Eduardo Campos. O senador Cristovam Buarque (PDT/DF) já deixou claro em suas entrevistas que o governador de Pernambuco é a candidatura mais viável para a oposição e para a esquerda. Líder do PDT na Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado Olimpio Gomes considera Campos uma chance do povo brasileiro acabar com polarização do governo federal nas mãos de tucanos e petistas. “Considero muito positiva a ousadia do Eduardo Campos em planejar a candidatura dele. É uma opção excelente para acabar com este domínio de PT e PSDB”, ressalta o deputado. A proximidade do PDT com o PSB no cenário nacional é o fruto de sementes plantadas no campo estadual e municipal.
O senador Acir Gurgacz (PDT/RO) já dividiu palanque com Campos na eleição para a prefeitura de Porto Velho e Ji-Paraná, em Rondônia. “Assim como os outros colegas do PDT, ele tem grande simpatia pela candidatura. No Estado de Rondônia, o PDT já fez a coligação com o PSB em 2012. Eles já estiveram juntos. No âmbito nacional vai depender da executiva, mas no estado deve acontecer”, comenta um assessor parlamentar do senador. A maior proximidade com o PSB já tem sido demonstrada na atuação dos parlamentares do PDT. Apesar de integrar a base governista, os deputados e senadores não estão economizando críticas. Basta surgir uma discussão sobre a MP dos Portos para pedetistas e pessebistas se unirem nos ataques.
Fonte: Brasil Econômico
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