DEU NO JORNAL DO COMMERCIO (PE)
Cobrança do senador pernambucano por mais agilidade dos tucanos na definição da candidatura gera resposta imediata do comando do PSDB
Sheila Borges
A irritação e a impaciência do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) com a demora do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), em lançar oficialmente a sua pré-candidatura a presidente da República – demonstrada em uma entrevista concedida ao jornal O Globo, publicada ontem – já provocou uma reação dos tucanos. O senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB e candidato à reeleição, afirmou ontem que o ex-governador de Pernambuco será chamado por Serra para um encontro em São Paulo nos próximos dias. Isso sinaliza que o presidenciável vai dar, a partir desta semana, um novo ritmo às articulações em torno do projeto da agremiação, que é montar, em parceria com as demais siglas da oposição, palanques nos Estados para dar sustentação ao seu projeto político.
O próprio Guerra participa hoje, na capital paulista, de um encontro da cúpula nacional do PSDB no qual se discutirá as estratégias para o governador de São Paulo se lançar oficialmente e não se desgastar administrativamente, já que continuará no cargo até o prazo limite definido pela Justiça Eleitoral, o início de abril. O senador argumentou ontem que, em um aspecto geral, concorda com as ponderações feitas por Jarbas a respeito de Serra. “Reflete o óbvio. Temos que nos mexer. O governador (Serra) conhece Jarbas. Já conversaram há dois meses. Agora, ele (Jarbas) percebe que o nosso tempo tem que começar. Precisamos ter mais atitude”, analisou.
Logo após o Carnaval, Guerra mandou, pelo twitter, um recado às oposições, dizendo que era tempo de externar as negociações travadas nos bastidores, convocando-os a lançar a pré-candidatura de Jarbas. O ex-governador, contudo, condicionou essa possibilidade à confirmação de Serra. O presidente nacional do PSDB deixou transparecer que também estaria incomodado com o timing de Serra, que precisa, no mínimo, conversar mais com os aliados. Com Jarbas, por exemplo, essa troca de opiniões ocorreu no final do ano passado. No Carnaval, no Recife, quando Serra veio assistir ao desfilo do Galo da Madrugada, o contato foi rápido.
Na entrevista ao Globo, Jarbas deixou claro que está insatisfeito com o distanciamento de Serra. Por isso, declarou que “acabou” o prazo que o governador paulista tinha para pensar se disputaria a Presidência ou a reeleição. Com essa demora, os oposicionistas estão, segundo Jarbas, sendo “atropelados” pelos governistas, que estão dando visibilidade à pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Essa estratégia gera um crescimento nas intenções de voto em torno de Dilma, como refletem as recentes pesquisas de opinião.
NORDESTE
Sérgio Guerra garantiu que, a partir de agora, Serra, mesmo que não anuncie já sua pré-candidatura, vai chegar mais perto dos pré-candidatos da oposição dos Estados, principalmente do Nordeste, onde Lula tem uma posição confortável de aprovação de seu governo. “As campanhas no Nordeste estão ligadas à nacional. Não queremos que aconteça na Região o mesmo que ocorreu na campanha anterior (2006). Não havia campanha para presidente da República, só a dos candidatos a governador”, avaliou Guerra.
Em Pernambuco, Jarbas está disposto a montar o palanque para Serra. Tanto que condicionou sua pré-candidatura a governador à confirmação da candidatura do tucano paulista, por entender que a disputa no Estado faz parte de um projeto nacional. Mas está demonstrando inquietação com a demora no lançamento oficial de Serra. Aqui, o candidato de Lula é o governador Eduardo Campos (PSB), que deve disputar à reeleição.
Pré-candidato a deputado federal, o presidente regional do Democratas, Mendonça Filho, também concordou com Jarbas Vasconcelos. É favorável a um avanço nas conversas da oposição porque a indefinição de Serra “inibe” as articulações nos Estados.
Cobrança do senador pernambucano por mais agilidade dos tucanos na definição da candidatura gera resposta imediata do comando do PSDB
Sheila Borges
A irritação e a impaciência do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) com a demora do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), em lançar oficialmente a sua pré-candidatura a presidente da República – demonstrada em uma entrevista concedida ao jornal O Globo, publicada ontem – já provocou uma reação dos tucanos. O senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB e candidato à reeleição, afirmou ontem que o ex-governador de Pernambuco será chamado por Serra para um encontro em São Paulo nos próximos dias. Isso sinaliza que o presidenciável vai dar, a partir desta semana, um novo ritmo às articulações em torno do projeto da agremiação, que é montar, em parceria com as demais siglas da oposição, palanques nos Estados para dar sustentação ao seu projeto político.
O próprio Guerra participa hoje, na capital paulista, de um encontro da cúpula nacional do PSDB no qual se discutirá as estratégias para o governador de São Paulo se lançar oficialmente e não se desgastar administrativamente, já que continuará no cargo até o prazo limite definido pela Justiça Eleitoral, o início de abril. O senador argumentou ontem que, em um aspecto geral, concorda com as ponderações feitas por Jarbas a respeito de Serra. “Reflete o óbvio. Temos que nos mexer. O governador (Serra) conhece Jarbas. Já conversaram há dois meses. Agora, ele (Jarbas) percebe que o nosso tempo tem que começar. Precisamos ter mais atitude”, analisou.
Logo após o Carnaval, Guerra mandou, pelo twitter, um recado às oposições, dizendo que era tempo de externar as negociações travadas nos bastidores, convocando-os a lançar a pré-candidatura de Jarbas. O ex-governador, contudo, condicionou essa possibilidade à confirmação de Serra. O presidente nacional do PSDB deixou transparecer que também estaria incomodado com o timing de Serra, que precisa, no mínimo, conversar mais com os aliados. Com Jarbas, por exemplo, essa troca de opiniões ocorreu no final do ano passado. No Carnaval, no Recife, quando Serra veio assistir ao desfilo do Galo da Madrugada, o contato foi rápido.
Na entrevista ao Globo, Jarbas deixou claro que está insatisfeito com o distanciamento de Serra. Por isso, declarou que “acabou” o prazo que o governador paulista tinha para pensar se disputaria a Presidência ou a reeleição. Com essa demora, os oposicionistas estão, segundo Jarbas, sendo “atropelados” pelos governistas, que estão dando visibilidade à pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Essa estratégia gera um crescimento nas intenções de voto em torno de Dilma, como refletem as recentes pesquisas de opinião.
NORDESTE
Sérgio Guerra garantiu que, a partir de agora, Serra, mesmo que não anuncie já sua pré-candidatura, vai chegar mais perto dos pré-candidatos da oposição dos Estados, principalmente do Nordeste, onde Lula tem uma posição confortável de aprovação de seu governo. “As campanhas no Nordeste estão ligadas à nacional. Não queremos que aconteça na Região o mesmo que ocorreu na campanha anterior (2006). Não havia campanha para presidente da República, só a dos candidatos a governador”, avaliou Guerra.
Em Pernambuco, Jarbas está disposto a montar o palanque para Serra. Tanto que condicionou sua pré-candidatura a governador à confirmação da candidatura do tucano paulista, por entender que a disputa no Estado faz parte de um projeto nacional. Mas está demonstrando inquietação com a demora no lançamento oficial de Serra. Aqui, o candidato de Lula é o governador Eduardo Campos (PSB), que deve disputar à reeleição.
Pré-candidato a deputado federal, o presidente regional do Democratas, Mendonça Filho, também concordou com Jarbas Vasconcelos. É favorável a um avanço nas conversas da oposição porque a indefinição de Serra “inibe” as articulações nos Estados.
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