Petista diz que mensalão não influencia eleitores do partido
SÃO PAULO - Os 21% de intenção de voto creditados a Serra contra 15% de
Haddad, na última pesquisa Datafolha, deram ânimo extra à campanha do tucano.
Desde a última semana, Serra centra ataques no petista, vinculando no rádio e
na TV peças com menções ao julgamento do mensalão, aos problemas enfrentados
pelo ex-ministro da Educação na condução do Enem e à sua passagem pela
Secretaria de Finanças do governo de Marta Suplicy, para dizer que ele não é
tão novo como apregoa a campanha petista.
Quando Serra chamou de "bilhete mensaleiro" a proposta de bilhete
único para o transporte, que consta do programa de governo de Haddad, o petista
respondeu de forma imediata e direta pelo rádio, acusando o adversário de agir
de má-fé. O mesmo não acontecerá em relação às críticas sobre a condenação de
petistas pelo STF no mensalão.
- Vamos responder tratando do comportamento ético do adversário, mas sem
mencionar este episódio. Isso não tem atingido o nosso eleitor. Temos um foco,
que é trazer o eleitor do PT de volta - afirma um coordenador petista.
Do lado dos tucanos a avaliação é outra:
- A superexposição do mensalão na mídia está forçando a sociedade a uma
reflexão profunda do ponto de vista ético e moral. Os gurus políticos do Haddad
estão sendo condenados pelo Supremo. Nossa estratégia (de confronto com Haddad)
será mantida - garante um dos coordenadores do PSDB.
Os dois lados despistam a guerra declarada, alegando que não se trata de
ataque, mas de prestação de serviço de utilidade pública ao paulistano. Correm
atrás de outra unanimidade que domina o sentimento do eleitor paulistano hoje:
a necessidade de mudança.
FONTE: O GLOBO
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