Em Recife, peemedebista refuta crítica de Lula sobre traição socialista
Letícia Lins
RECIFE Aliado recente do governador Eduardo Campos (PSB) - com quem passou 20 anos rompido - o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) começou ontem a participar da campanha eleitoral do PSB em Recife e ajudou a acirrar a crise entre PT e PSB. O senador refutou as acusações de "traição" feitas por caciques petistas contra o PSB, que rompeu com o PT ao lançar candidato pelo próprio partido à sucessão municipal deste ano.
- A questão de Lula falar de traição de Eduardo é uma coisa totalmente extravagante, inusitada, e custa a crer que ele vá repetir isso aqui em Recife. Não acredito que fará isso - disse Jarbas, referindo-se à anunciada visita do ex -presidente para reforçar a campanha de Humberto Costa (PT) .
Na semana passada, o ex-presidente Lula se referiu ao PSB, afirmando que "aqueles que o PT ajudou a chegar ao poder não querem mais ficar com o PT", e disse que o partido "não vai ficar chorando, é importante que eles saibam que não estariam no governo se não fôssemos nós".
Enquanto Campos preferiu silenciar sobre as críticas, Jarbas Vasconcelos jogou lenha na fogueira.
- Nosso adversário é o PT. Ficava mais fácil para nós, do PMDB de Pernambuco, ter um entendimento aqui com quem nunca tivemos entendimento. Eu próprio e nossos companheiros precisávamos definir quem era o nosso adversário. Mas nosso adversário sempre foi o PT e todos são testemunhas disso. Nem o PT me apoiou nem eu nunca apoiei o PT. Votei em Lula uma só vez, porque não podia ter votado em Fernando Collor - afirmou, criticando ainda o PT local, que há doze anos controla a prefeitura de Recife.
Senador: prefeito não presta
Vasconcelos e Campos compareceram a um encontro do candidato do PSB, Geraldo Júlio, com artistas recifenses.
- Nós (ele e Campos) já vínhamos conversando sobre 2014. Mas o desmantelo praticado pelo PT em Recife chegou a tal grandeza, que nos obrigou aqui a nos juntarmos (com o PSB) para tentar salvar Recife. Este prefeito que está aí foi apresentado há quatro anos, como João (da Costa) é João, que era bom, competente. Com dois meses de mandato, o João já não prestava.
FONTE: O GLOBO
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