• Líder do PMDB e candidato à presidência da Câmara foi citado em depoimento da Operação Lava-Jato; ele nega qualquer envolvimento
Chico de Gois – O Globo
BRASÍLIA - O líder do PMDB e candidato à presidência da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), defendeu nesta quinta-feira, em sua conta no Twitter, uma nova CPI mista para apurar irregularidades na Petrobras. Ele afirmou que irá orientar sua bancada a assinar o requerimento para a criação da comissão. A atitude de Cunha ocorre depois que o jornal "Folha de S. Paulo" revelou que, durante depoimento, o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o "Careca", afirmou que atuava como entregador do doleiro Alberto Youssef e que deixou na casa do deputado, no Rio de Janeiro, mala com dinheiro. Cunha negou as acusações.
No Twitter, o parlamentar diz que o vazamento do conteúdo do depoimento de "Careca" tem por objetivo ajudar a candidatura oponente à dele - embora não fale abertamente, se referindo ao deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que também concorre à presidência da Câmara.
"Por isso, até para esclarecer tudo isso, estou convencido que devemos implementar a nova CPMI da Petrobras tão logo inicie a nova legislatura", escreveu, para continuar: "Vou propor à bancada do PMDB na Câmara que todos assinamos a nova CPMI imediatamente porque só assim esclareceremos os fatos".
Cunha afirmou que nada deve e não teme nenhuma investigação, mas não sabe se "alguns patrocinadores dos vazamentos criminosos" podem dizer o mesmo. "Se antes já achava inevitável a nova CPMI, agora tenho absoluta certeza que com nosso total apoio ela será instalada". Ele observou que a instalação da comissão não está vinculada à sua eleição para a presidência. "Depende só do apoio da nossa bancada", finalizou.
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