Priscilla Oliveira
A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra)assinou ontem com o governo o acordo que prevê reajuste salarial de 15,8% e a reestruturação da carreira. Com o acerto, os técnicos administrativos das universidades e instituições federais de ensino voltam ao trabalho já na segunda-feira. O impacto do aumento nos cofres públicos será de R$ 2,9 bilhões em três anos.
Além do Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), a Fasubra foi a única entidade, até agora, a aceitar a proposta de correção salarial feita pelo governo. Além do reajuste de 15,8%, dividido em 3 anos, que está sendo oferecido a todo o funcionalismo, o acordo contempla um incentivo de 70% para qualificação profissional, em todas as etapas da vida profissional.
Segundo a secretária geral da Fasubra, Janine Teixeira, o avanço na reestruturação da carreira foi decisivo para o entendimento. "O avanço nessa área foi muito maior do que o reajuste concedido, que foi limitado", afirmou. O Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, também se mostrou satisfeito com as negociações. "Estamos fechando com mais de 40% dos servidores ativos, incluindo os professores universitários. Esses acordos representam um impacto de R$ 7,1 bilhões em três anos, que pode ser absorvido. É um reajuste que valoriza o servidor", afirmou.
Reuniões
Neste fim de semana, as negociações entre o Planejamento e os funcionários públicos continuam. "Faremos entre 15 e 20 reuniões no sábado e no domingo, quando pretendemos terminar todo este longo e árduo processo", afirmou o secretário. Na próxima semana, todo o esforço será voltado para a redação da proposta orçamentária, que será enviada ao Congresso até 31 de agosto, já com o resultado das conversas.
Em relação à possibilidade de mudança na proposta do governo, o secretário foi enfático: "a oferta está feita, o parâmetro já foi dado; não há chance de modificação". Ontem, ele recebeu ainda representantes da Associação dos Funcionários do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Afinpi), da Associação dos Servidores da Abin (Asbin) e dos servidores da Fiocruz. Nenhuma das categorias aceitou prontamente o acordo.
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE
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