Dias contados
A situação do chefe de gabinete do ministro Guido Mantega (Fazenda), Marcelo Fiche, é “insustentável”. Depois das férias, deve ser afastado. A explicação de que possui um Audi com valor de mercado de R$ 250 mil porque comprou num leilão da Receita Federal pegou mal. O governo entende que houve conflito ético. Sem contar a denúncia de que recebia propina de empresa.
Faz de conta
A Câmara instalou ontem comissão especial para votar a PEC dos mensaleiros, que faz com que deputados e senadores condenados percam automaticamente os mandatos. Mas a ordem dos partidos afetados pela PEC é a de impedir que seja votada este ano. Faltam 14 sessões para o recesso. Pelo regimento da Câmara, a PEC precisa ficar na comissão, no mínimo, dez sessões. Ou seja, assessores técnicos e deputados terão que derrubar cinco sessões. A tarefa é considerada uma moleza pelos mais experientes da Casa. Com isso, a proposta dificilmente atingirá João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PT-SP), José Genoino (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT).
“Em alguns dias, a bancada de deputados presidiários na Câmara será maior do que a do PSOL, com três parlamentares”
Varderlei Macris
Deputado federal (PSDB-SP)
Via-crúcis
O percurso que o deputado Valdemar Costa Neto ( PR-SP) precisa fazer diariamente do seu gabinete até o plenário para registrar presença dura cerca de oito minutos, ida e volta, sem pausa para conversas. Tudo para não ter desconto no salário.
Daqui não saio
Condenado à segunda maior pena do mensalão, o publicitário Ramon Hollerbach está satisfeito com a Papuda, em Brasília. Recebeu atendimento médico, assistente social, tem acesso à biblioteca, e está em cela individual. Disse ao advogado Hermes Guerrero que pensa em não pedir transferência para Minas Gerais, onde mora sua família.
Vida mansa
Kátia Rabello e Simone Vasconcelos buscam adiar a transferência para o Presídio do Gama. No batalhão da polícia dentro da Papuda, não estão sujeitas a regras rígidas, não usam uniforme, e convivem com policiais, em vez de detentas.
Sem nova CPMF
A bancada da Saúde na Câmara, PMDB e PSDB se uniram para derrotar projeto do PT que criaria a Contribuição Social para a Saúde, imposto similar à extinta CPMF. A CSS geraria R$ 29 bilhões a mais por ano para o setor. Sob o lema “mais Saúde, menos impostos”, tucanos e peemedebistas, muitos ligados às Santas Casas, isolaram PT e PCdoB, favoráveis ao imposto.
Duas versões
O Planalto teve que redigir duas vezes o documento em que os líderes da base se comprometeram a não votar até o fim de 2014 projetos que criem novas despesas à União. A primeira versão, contam, era muito ruim.
Debandada
Os líderes da Câmara se rebelaram ontem contra o presidente, Henrique Alves (PMDB-RN). Esperaram uma hora por Alves para uma reunião. Desistiram e foram embora. O presidente pediu à assessoria para se desculpar com todos eles.
A CÂMARA aprovou convite para que o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) explique a fuga de Henrique Pizzolato para a Itália.
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