DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Lucro da Petrobras cai 6% no 3º trimestre
Resultado líquido ficou em R$ 7,3 bi; provisão de recursos para pagamento de royalties ao Estado do Rio afetou balanço
No ano, ganho da estatal registra recuo de 22%; faturamento no 3º tri, porém, avançou, com alta no petróleo e nas vendas
Pedro Soares
Lucro da Petrobras cai 6% no 3º trimestre
Resultado líquido ficou em R$ 7,3 bi; provisão de recursos para pagamento de royalties ao Estado do Rio afetou balanço
No ano, ganho da estatal registra recuo de 22%; faturamento no 3º tri, porém, avançou, com alta no petróleo e nas vendas
Pedro Soares
Da Sucursal do Rio
A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 7,3 bilhões no terceiro trimestre deste ano. O resultado ficou 6% abaixo dos R$ 7,7 bilhões apurados no segundo trimestre de 2009. Na comparação com o mesmo período de 2008, quando a companhia havia lucrado R$ 9,8 bilhões, houve queda de 26%.
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o lucro ficou em R$ 20,85 bilhões, com queda de 22% na comparação com o mesmo período de 2009.
Em relação ao segundo trimestre, o lucro caiu por causa de uma provisão de recursos de R$ 2 bilhões, reservados para o pagamento extraordinário de participação especial (espécie de royalty) ao governo do Rio para o campo de Marlim.
A estatal contestava o pagamento na Justiça, determinado pela ANP, mas fechou um acordo com a agência e o governo.
Sem esse efeito, o lucro da companhia seria de R$ 8,7 bilhões. Segundo o analista Luiz Octávio Broad, essa provisão já era esperada e não preocupa por ser um evento não recorrente. Ele estimava um lucro no terceiro trimestre de R$ 6,3 bilhões. No mercado, as previsões oscilavam entre R$ 5,5 bilhões e R$ 7 bilhões.
"Apesar da redução de 18% no preço médio de venda dos derivados, o lucro líquido caiu somente 13% sem considerar o impacto pontual negativo de R$ 2,1 bilhões (R$ 1,3 bilhão após IR) pelo pagamento de cobrança adicional de participação especial do campo de Marlim decorrente do acordo com a ANP", disse o presidente da companhia, José Sergio Gabrielli, em carta aos acionistas.
Graças ao aumento nas vendas (2%) e à alta do preço do petróleo, o faturamento da companhia cresceu 7% em relação ao segundo trimestre e chegou a R$ 47,9 bilhões.
Esses efeitos compensaram, em parte, a queda do preço da gasolina (10%) e do diesel (15%), absorvida integralmente nesse trimestre, segundo o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa. Ele disse que "retomada da atividade econômica" ajudou a companhia aumentar suas vendas.
Já na comparação com o mesmo período de 2008, o preço do petróleo caiu e reduziu o lucro da companhia, além do impacto da provisão para o campo de Marlim. Esses fatores anularam o benefício do aumento de 4% da produção.
A cotação caiu 41% na média do terceiro trimestre deste ano (US$ 68 o barril) em relação à média do mesmo período de 2009 (US$ 115 o barril). No segundo trimestre, porém, o preço era de US$ 59 o barril.
Diferentemente do segundo trimestre, o câmbio ajudou o balanço da companhia. Segundo Barbassa, o real teve uma valorização menor no terceiro trimestre do que no segundo e reduziu despesas financeiras.
O executivo disse que a redução se deveu à entrada do empréstimo do BNDES de R$ 25 bilhões no caixa da companhia. Isso porque o financiamento é corrigido pela variação do dólar e contabilizado, por isso, em moeda norte-americana no balanço. Com a queda do dólar, a dívida da companhia caiu.
A Petrobras conseguiu também virar sua balança comercial e registrou um saldo positivo de R$ 493 milhões no terceiro trimestre deste ano.
A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 7,3 bilhões no terceiro trimestre deste ano. O resultado ficou 6% abaixo dos R$ 7,7 bilhões apurados no segundo trimestre de 2009. Na comparação com o mesmo período de 2008, quando a companhia havia lucrado R$ 9,8 bilhões, houve queda de 26%.
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o lucro ficou em R$ 20,85 bilhões, com queda de 22% na comparação com o mesmo período de 2009.
Em relação ao segundo trimestre, o lucro caiu por causa de uma provisão de recursos de R$ 2 bilhões, reservados para o pagamento extraordinário de participação especial (espécie de royalty) ao governo do Rio para o campo de Marlim.
A estatal contestava o pagamento na Justiça, determinado pela ANP, mas fechou um acordo com a agência e o governo.
Sem esse efeito, o lucro da companhia seria de R$ 8,7 bilhões. Segundo o analista Luiz Octávio Broad, essa provisão já era esperada e não preocupa por ser um evento não recorrente. Ele estimava um lucro no terceiro trimestre de R$ 6,3 bilhões. No mercado, as previsões oscilavam entre R$ 5,5 bilhões e R$ 7 bilhões.
"Apesar da redução de 18% no preço médio de venda dos derivados, o lucro líquido caiu somente 13% sem considerar o impacto pontual negativo de R$ 2,1 bilhões (R$ 1,3 bilhão após IR) pelo pagamento de cobrança adicional de participação especial do campo de Marlim decorrente do acordo com a ANP", disse o presidente da companhia, José Sergio Gabrielli, em carta aos acionistas.
Graças ao aumento nas vendas (2%) e à alta do preço do petróleo, o faturamento da companhia cresceu 7% em relação ao segundo trimestre e chegou a R$ 47,9 bilhões.
Esses efeitos compensaram, em parte, a queda do preço da gasolina (10%) e do diesel (15%), absorvida integralmente nesse trimestre, segundo o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa. Ele disse que "retomada da atividade econômica" ajudou a companhia aumentar suas vendas.
Já na comparação com o mesmo período de 2008, o preço do petróleo caiu e reduziu o lucro da companhia, além do impacto da provisão para o campo de Marlim. Esses fatores anularam o benefício do aumento de 4% da produção.
A cotação caiu 41% na média do terceiro trimestre deste ano (US$ 68 o barril) em relação à média do mesmo período de 2009 (US$ 115 o barril). No segundo trimestre, porém, o preço era de US$ 59 o barril.
Diferentemente do segundo trimestre, o câmbio ajudou o balanço da companhia. Segundo Barbassa, o real teve uma valorização menor no terceiro trimestre do que no segundo e reduziu despesas financeiras.
O executivo disse que a redução se deveu à entrada do empréstimo do BNDES de R$ 25 bilhões no caixa da companhia. Isso porque o financiamento é corrigido pela variação do dólar e contabilizado, por isso, em moeda norte-americana no balanço. Com a queda do dólar, a dívida da companhia caiu.
A Petrobras conseguiu também virar sua balança comercial e registrou um saldo positivo de R$ 493 milhões no terceiro trimestre deste ano.
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