DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Segundo Rodrigo Maia, Serra ligou para demistas para tentar convencer partido a aceitar indicação de Alvaro Dias
Dias diz que reação do DEM não vai levá-lo a abrir mão da vaga e, no seu 1º discurso após ser indicado, ataca o PT
SÃO PAULO, RIO, CUIABÁ - O PSDB decidiu bancar a indicação do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) como vice na chapa de José Serra à Presidência, mas o DEM deu sinais de que não recuará do veto ao nome do tucano, o que mantém aberta a crise entre os dois partidos.
Apesar de não ter havido reuniões entre líderes do PSDB e do DEM para discutir a crise, por conta de convenções partidárias em diversos Estados, até Serra entrou em campo, pelo telefone, para tentar apagar o incêndio, segundo o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia.
Maia disse que Serra não falou com ele, mas que, na tentativa de convencer o partido a aceitar o nome do senador paranaense, o tucano ligou para pelo menos três expoentes do DEM: Jorge Bornhausen, Marco Maciel e José Agripino Maia.
"De todo mundo, ouviu "não"", disse o deputado.
O ex-senador Bornhausen (SC), um dos principais interlocutores de Serra no DEM, negou que tenha conversado com o tucano. A Folha não conseguiu falar com os senadores Agripino (RN) e Marco Maciel (PE).
Maia afirmou que o DEM fará convenção na quarta-feira aprovando a aliança com Serra, mas colocando como candidato a vice um filiado seu. "Vamos esperar ele indicar o nome do DEM. Se não indicar, vamos aprovar o nosso nome", declarou.
Questionado sobre o possível imbróglio jurídico se os tucanos mantiverem o nome de Dias, foi sucinto: "Pergunte ao advogado do PSDB".
Serra era esperado na convenção nacional do PPS na noite de ontem, no Rio.
Às 19h20, o presidente Roberto Freire anunciou que ele não compareceria, mas que havia mandado um recado: "Está firme e não vai se submeter à imposição de quem quer que seja".
A direção do DEM se reunirá hoje ou amanhã para analisar a repercussão do caso entre os diretórios estaduais.
"NÓS DOIS FICAMOS"
Pivô da crise, Alvaro Dias afirmou que seu nome está mantido. "Acho que isso é próprio do calor da disputa eleitoral", disse o senador à Folha, pela manhã.
À tarde, em convenção do PSDB em Cuiabá, Dias afirmou que foi "advertido" pela direção nacional tucana a não mais afirmar que desistiria da indicação em caso de o DEM ameaçar rompimento."Não tenho o direito de abrir mão de uma convocação. Não sai nem o DEM e nem eu. Nós dois ficamos."
Em seu primeiro discurso após ser indicado à vice de Serra, Dias atacou o PT e foi saudado por tucanos como o "futuro vice-presidente".
Apesar das tentativas de apaziguamento, no microblog Twitter o tom seguia beligerante, com ataques e ironias de lado a lado.
Segundo Rodrigo Maia, Serra ligou para demistas para tentar convencer partido a aceitar indicação de Alvaro Dias
Dias diz que reação do DEM não vai levá-lo a abrir mão da vaga e, no seu 1º discurso após ser indicado, ataca o PT
SÃO PAULO, RIO, CUIABÁ - O PSDB decidiu bancar a indicação do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) como vice na chapa de José Serra à Presidência, mas o DEM deu sinais de que não recuará do veto ao nome do tucano, o que mantém aberta a crise entre os dois partidos.
Apesar de não ter havido reuniões entre líderes do PSDB e do DEM para discutir a crise, por conta de convenções partidárias em diversos Estados, até Serra entrou em campo, pelo telefone, para tentar apagar o incêndio, segundo o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia.
Maia disse que Serra não falou com ele, mas que, na tentativa de convencer o partido a aceitar o nome do senador paranaense, o tucano ligou para pelo menos três expoentes do DEM: Jorge Bornhausen, Marco Maciel e José Agripino Maia.
"De todo mundo, ouviu "não"", disse o deputado.
O ex-senador Bornhausen (SC), um dos principais interlocutores de Serra no DEM, negou que tenha conversado com o tucano. A Folha não conseguiu falar com os senadores Agripino (RN) e Marco Maciel (PE).
Maia afirmou que o DEM fará convenção na quarta-feira aprovando a aliança com Serra, mas colocando como candidato a vice um filiado seu. "Vamos esperar ele indicar o nome do DEM. Se não indicar, vamos aprovar o nosso nome", declarou.
Questionado sobre o possível imbróglio jurídico se os tucanos mantiverem o nome de Dias, foi sucinto: "Pergunte ao advogado do PSDB".
Serra era esperado na convenção nacional do PPS na noite de ontem, no Rio.
Às 19h20, o presidente Roberto Freire anunciou que ele não compareceria, mas que havia mandado um recado: "Está firme e não vai se submeter à imposição de quem quer que seja".
A direção do DEM se reunirá hoje ou amanhã para analisar a repercussão do caso entre os diretórios estaduais.
"NÓS DOIS FICAMOS"
Pivô da crise, Alvaro Dias afirmou que seu nome está mantido. "Acho que isso é próprio do calor da disputa eleitoral", disse o senador à Folha, pela manhã.
À tarde, em convenção do PSDB em Cuiabá, Dias afirmou que foi "advertido" pela direção nacional tucana a não mais afirmar que desistiria da indicação em caso de o DEM ameaçar rompimento."Não tenho o direito de abrir mão de uma convocação. Não sai nem o DEM e nem eu. Nós dois ficamos."
Em seu primeiro discurso após ser indicado à vice de Serra, Dias atacou o PT e foi saudado por tucanos como o "futuro vice-presidente".
Apesar das tentativas de apaziguamento, no microblog Twitter o tom seguia beligerante, com ataques e ironias de lado a lado.
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