“Um fenômeno que não é nosso e se replica de modo "viral", mais do que em 1968, agora exponenciado pelas redes sociais. Seus teóricos e comentaristas são variados, como não poderia deixar de ser. Em alguns, a premonição de que se trata de uma esquerda nova, vagamente anarquista ou pós-anarquista, organizada horizontalmente e desconectada de velhas noções de mudança. A heterogeneidade de sujeitos e reivindicações nem sequer se deixaria enquadrar em categorias clássicas, como a de hegemonia. Ação direta, não representação; pequenos grupos que seguem a lógica da afinidade, como quer o canadense Richard Day, não a lógica da ação reivindicatória e da integração em sociedades cada vez mais permeáveis à presença dos "subalternos". “
Luiz Sérgio Henriques, “Depois de junho: possibilidades e riscos”. O Estado de S. Paulo, 24 de novembro de 2013.
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