• Gilmar Mendes aponta para ‘sistema paramilitar’ no processo eleitoral
- O Globo
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, disse que está preocupado com a influência de milícias no processo eleitoral no estado do Rio. Ele acompanhou os desdobramentos da megaoperação, deflagrada ontem, com o objetivo de apreender armas e objetos usados nas execuções de candidatos e pessoas envolvidas em campanhas eleitorais na Baixada Fluminense. Ao todo, a Justiça expediu 14 mandados de busca e apreensão em casas, terrenos e galpões usados por suspeitos de participarem dos crimes em municípios da região, além de 12 pedidos de prisão temporária.
— Acabo de receber informação sobre esse fato. Já tinha manifestado essa preocupação e temos notícia de que, no Rio de Janeiro, um sistema paralegal ou paramilitar, vamos dizer assim, tem tido atuação e participação efetiva no processo eleitoral. Temos preocupação que o crime organizado participe do financiamento das eleições e que se organize politicamente. Isso precisa ser objeto de preocupação de todas as autoridades — disse Gilmar Mendes, ao comentar a operação.
14 mortes envolvendo política
Dos 14 assassinatos nos últimos dez meses que tiveram algum envolvimento com política na Baixada, três homicídios de candidatos e de uma pessoa envolvida em campanhas eleitorais tiveram como motivação principal a disputa entre milicianos que atuam no furto de combustível da Petrobras e integrantes da “máfia do óleo”, em Duque de Caxias.
Gilmar Mendes esteve na Baixada Fluminense no último dia 26 de agosto e pediu formalmente ao ministro da Justiça, Alexandre Moraes, que a Polícia Federal entrasse nas investigações envolvendo os assassinatos de candidatos a cargos eletivos nas eleições deste ano. Na ocasião, o presidente do TSE também pediu que as Forças Armadas permaneçam no Rio de Janeiro, sem interrupção, após as Paralimpíadas, e até o final das eleições.
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