Liana Melo
DEU EM O GLOBO
"A disputa está aberta e vai ser emocionante", afirma especialista
Apesar de o candidato Eduardo Paes (PMDB) ter subido oito pontos na pesquisa Ibope, a diretora-executiva de Atendimento e Planejamento do instituto, Márcia Cavallari, diz estar convencida de que a probabilidade de a disputa pela prefeitura do Rio acabar num segundo turno ainda é enorme, e os nomes dos finalistas ainda estão indefinidos. É que a corrida eleitoral aqui continua "embolada", mais até do que em outras capitais.
- Nem mesmo a ascensão de Paes nesta última pesquisa está sendo suficiente para dar ao candidato a certeza de que ele irá disputar sim o segundo turno das eleições - diz Márcia.
Tudo vai depender, analisa Márcia, do ritmo e da velocidade com que a curva de tendência de crescimento de Paes se consolidar. O candidato aparece hoje em primeiro lugar na corrida eleitoral: ele pulou de 19% para 27% na preferência do eleitor. Enquanto Marcelo Crivella (PRB) está numa trajetória estável; e Jandira Feghali (PCdoB), trilhando um viés de queda. Só que o percentual de indefinidos no Rio ainda é alto, maior até do que a média nacional.
Ausência de debate alimenta indefinição dos eleitores
Como ainda não está definido se o Rio terá ou não debate entre os candidatos na televisão, a indefinição deve continuar até o último momento.
- As eleições têm sempre fases distintas: antes do início da propaganda eleitoral e depois do debate na TV. Como a tendência é que não tenha debate no Rio, a indefinição do eleitor vai perdurar por algum tempo. Até agora, nenhum candidato empolgou o eleitor do Rio - diz Márcia.
Para que o debate na TV se realize, é necessário que as emissoras consigam a assinatura de todos os candidatos, o que Paulo Ramos (PDT) se recusa a aceitar.
O cientista político Jairo Nicolau, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), também acha que é cedo para apostar em Paes, Crivella e Jandira Feghali para o segundo turno. A disputa, diz ele, "está aberta e vai ser emocionante". É que o alto contingente de indecisos aumenta exponencialmente as chances de surpresas de última hora.
- Em um certo momento, acreditei que Jandira poderia contar com o voto útil de outros candidatos de esquerda, como os de Chico Alencar e Molon. Minha impressão agora é que esse momento passou - analisa Jairo Nicolau, para quem o alto grau de indecisão pode produzir oscilações fortes nas preferências dos eleitores.
DEU EM O GLOBO
"A disputa está aberta e vai ser emocionante", afirma especialista
Apesar de o candidato Eduardo Paes (PMDB) ter subido oito pontos na pesquisa Ibope, a diretora-executiva de Atendimento e Planejamento do instituto, Márcia Cavallari, diz estar convencida de que a probabilidade de a disputa pela prefeitura do Rio acabar num segundo turno ainda é enorme, e os nomes dos finalistas ainda estão indefinidos. É que a corrida eleitoral aqui continua "embolada", mais até do que em outras capitais.
- Nem mesmo a ascensão de Paes nesta última pesquisa está sendo suficiente para dar ao candidato a certeza de que ele irá disputar sim o segundo turno das eleições - diz Márcia.
Tudo vai depender, analisa Márcia, do ritmo e da velocidade com que a curva de tendência de crescimento de Paes se consolidar. O candidato aparece hoje em primeiro lugar na corrida eleitoral: ele pulou de 19% para 27% na preferência do eleitor. Enquanto Marcelo Crivella (PRB) está numa trajetória estável; e Jandira Feghali (PCdoB), trilhando um viés de queda. Só que o percentual de indefinidos no Rio ainda é alto, maior até do que a média nacional.
Ausência de debate alimenta indefinição dos eleitores
Como ainda não está definido se o Rio terá ou não debate entre os candidatos na televisão, a indefinição deve continuar até o último momento.
- As eleições têm sempre fases distintas: antes do início da propaganda eleitoral e depois do debate na TV. Como a tendência é que não tenha debate no Rio, a indefinição do eleitor vai perdurar por algum tempo. Até agora, nenhum candidato empolgou o eleitor do Rio - diz Márcia.
Para que o debate na TV se realize, é necessário que as emissoras consigam a assinatura de todos os candidatos, o que Paulo Ramos (PDT) se recusa a aceitar.
O cientista político Jairo Nicolau, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), também acha que é cedo para apostar em Paes, Crivella e Jandira Feghali para o segundo turno. A disputa, diz ele, "está aberta e vai ser emocionante". É que o alto contingente de indecisos aumenta exponencialmente as chances de surpresas de última hora.
- Em um certo momento, acreditei que Jandira poderia contar com o voto útil de outros candidatos de esquerda, como os de Chico Alencar e Molon. Minha impressão agora é que esse momento passou - analisa Jairo Nicolau, para quem o alto grau de indecisão pode produzir oscilações fortes nas preferências dos eleitores.
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