A equação Cabral
A cúpula do PMDB não moverá uma palha para o governador Sérgio Cabral (RJ) virar ministro. O único aliado incondicional de Cabral é o líder na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). No partido se avalia que a nomeação só acontece se for por iniciativa da presidente Dilma. Dizem que este desfecho também implica numa composição no Rio. Hoje, o PMDB e o PT têm candidatos ao governo.
Quem é o candidato?
Enquanto o governador Sérgio Cabral luta para melhorar sua imagem, abalada pelos protestos, e alavancar seu candidato, Luiz Fernando Pezão; no alto escalão do PMDB reina a indiferença. Alguns são contidos, mas a maioria deles define Cabral como “esnobe” e distante da vida partidária. Em viagem a Pernambuco, a presidente Dilma e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conversavam sobre as eleições. Renan comenta: "Presidente, vamos ganhar no Rio, né?". Ela olhou para ele sobressaltada, mas não respondeu nada. Ao que Renan completou: "Lindbergh, nosso candidato, vai ganhar a eleição". Dilma deu uma sonora gargalhada.
“Quanto mais partidos se criam mais ministérios existem. Hoje são 39 ministérios, imaginem quando tivermos 60 partidos”
Valdir Raupp
Presidente do PMDB, no exercício, e senador (RO)
Debandada
Alguns dos poucos deputados que iriam para a Rede, de Marina Silva, com a falta da certificação do número mínimo de assinaturas necessárias para a criação do partido, já estão procurando outras legendas.
Esperneando
Ex-presidente do DEM, o deputado Rodrigo Maia (RJ) diz que todos os que foram contra a mudança da lei, que tirava o direito dos deputados levarem o tempo de TV e o Fundo Partidário, são responsáveis pela farra dos novos partidos. “Para proteger a Marina, estão todos pagando um preço: o Pros, o Solidariedade, o PPL e o PEN”, protesta.
É ele, é ele!
Semana passada, na votação da PEC da Música, Paula Lavigne fez as honras de apresentadora do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). "Esse é o senador da porrada, mas aquele que apanhou!", contava Paula, a cantores e compositores.
O ambiente é de euforia
O governo festejou o crescimento da presidente Dilma no Ibope. A expectativa é de um melhor desempenho quando entrar no radar o discurso na ONU. A presidente recebeu uma pesquisa do governador Jaques Wagner, na qual o candidato do PSB, Eduardo Campos, tem 0,9% na Bahia. O PT avalia, com base em outra pesquisa do Ceará, que o socialista só é forte em Pernambuco.
Deu pane
O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN) decidiu reformar o plenário para garantir acessibilidade. Dia desses, uma deputada cadeirante foi subir à tribuna para discursar e ficou presa no elevador de acesso.
Homenageados
O Congresso criou comenda pelos 25 anos da Constituição. Só cinco ganharão a distinção: Lula, José Sarney, Nelson Jobim, Bernardo Cabral e Michel Temer. Todos confirmaram presença no evento em 29 de outubro.
Virou piada. No Congresso, o que se diz é que quando um ministro põe o cargo à disposição é porque ele não quer sair da cadeira.
Fonte: O Globo
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