DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Ex-presidente comenta propostas de Aécio e diz que partido não precisa de uma refundação, mas de uma renovação
Eduardo Kattah
BELO HORIZONTE - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso refutou ontem a ideia de que o PSDB seja um partido predominado por lideranças paulistas, o que chamou de um "slogan da oposição". Ele também classificou como "uma expressão muito forte" a tese de refundação do partido proposta pelo ex-governador mineiro e senador eleito, Aécio Neves.
Questionado se o PSDB não seria "muito Avenida Paulista", ele lembrou que o partido saiu vitorioso em oito Estados. "Isso é slogan que a oposição coloca para marcar. O PSDB teve 44% da população, você acha que isso é Avenida Paulista? Não é verdade. Isso é simplesmente uma repetição de política eleitoreira. Se fosse assim, eu não teria sido eleito presidente", reagiu FHC, que esteve em Belo Horizonte para dar uma palestra.
O ex-presidente distribuiu elogios tanto para José Serra quanto para Aécio, destacando que "não adianta ficar revolvendo o passado" sobre quem seria o melhor presidenciável tucano. "Aécio tem uma capacidade política extraordinária. Ele vai mostrar agora no Senado essa imensa capacidade política que ele tem. E o Serra mostrou que tem uma energia fantástica também", ressaltou. "Tem condições ainda. É muito cedo para pensar o que vai acontecer daqui a quatro anos."
Depois de minimizar o fato de não ter aparecido nos programas eleitorais, FHC fez questão de dizer que assistiu no domingo ao show de Paul McCartney ao lado de Serra.
Sobre a possibilidade de uma nova hegemonia no partido, o ex-presidente disse que está "fora de cena há muito tempo" e que Aécio e o governador eleito do Paraná, Beto Richa, representam sim a nova geração tucana. Mas salientou que não pretende "sair de cena das ideias".
Para FHC, ao invés de refundação, o termo mais adequado seria renovação. Segundo ele, o PSDB precisa aprender a fazer política no dia a dia e não somente no período eleitoral. "E se articular com a sociedade. Agora, refundação é forte. Todos os partidos, num certo sentido, estão todo o tempo se renovando. É preciso mesmo que se renovem. Mas refundação acho que é uma expressão muito forte."
Ex-presidente comenta propostas de Aécio e diz que partido não precisa de uma refundação, mas de uma renovação
Eduardo Kattah
BELO HORIZONTE - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso refutou ontem a ideia de que o PSDB seja um partido predominado por lideranças paulistas, o que chamou de um "slogan da oposição". Ele também classificou como "uma expressão muito forte" a tese de refundação do partido proposta pelo ex-governador mineiro e senador eleito, Aécio Neves.
Questionado se o PSDB não seria "muito Avenida Paulista", ele lembrou que o partido saiu vitorioso em oito Estados. "Isso é slogan que a oposição coloca para marcar. O PSDB teve 44% da população, você acha que isso é Avenida Paulista? Não é verdade. Isso é simplesmente uma repetição de política eleitoreira. Se fosse assim, eu não teria sido eleito presidente", reagiu FHC, que esteve em Belo Horizonte para dar uma palestra.
O ex-presidente distribuiu elogios tanto para José Serra quanto para Aécio, destacando que "não adianta ficar revolvendo o passado" sobre quem seria o melhor presidenciável tucano. "Aécio tem uma capacidade política extraordinária. Ele vai mostrar agora no Senado essa imensa capacidade política que ele tem. E o Serra mostrou que tem uma energia fantástica também", ressaltou. "Tem condições ainda. É muito cedo para pensar o que vai acontecer daqui a quatro anos."
Depois de minimizar o fato de não ter aparecido nos programas eleitorais, FHC fez questão de dizer que assistiu no domingo ao show de Paul McCartney ao lado de Serra.
Sobre a possibilidade de uma nova hegemonia no partido, o ex-presidente disse que está "fora de cena há muito tempo" e que Aécio e o governador eleito do Paraná, Beto Richa, representam sim a nova geração tucana. Mas salientou que não pretende "sair de cena das ideias".
Para FHC, ao invés de refundação, o termo mais adequado seria renovação. Segundo ele, o PSDB precisa aprender a fazer política no dia a dia e não somente no período eleitoral. "E se articular com a sociedade. Agora, refundação é forte. Todos os partidos, num certo sentido, estão todo o tempo se renovando. É preciso mesmo que se renovem. Mas refundação acho que é uma expressão muito forte."
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