Abrindo abril
pulsam lembranças
molhadas de sangue
e cicatrizes
impressas no corpo
calcando a mente.
Tempo
de terror e treva
tensão
tortura
e mantos mortuários
percorrendo os cárceres
e a prisão domiciliar
de todo o povo.
Tempo
de canteiros clandestinos
e vaga-lumes insurgentes
em rodas de ciranda
multiplicando as mãos
na dança.
Tempo
de restos insepultos
que advertem
na travessia
dos abris de agora.
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