Presidente diz, em entrevista a rádios da Bahia, que movimento “volta Lula” é normal e minimiza dissidência de parte da bancada do PR
O Globo
SÃO PAULO - Em entrevista a rádios da Bahia, na manhã desta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o movimento “volta Lula” é normal e que vai levar sua candidatura à reeleição adiante mesmo que não tenha o apoio da base aliada. Na segunda-feira, parte da bancada do PR no Congresso manifestou apoio a uma possível candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
— (O “volta Lula”) é uma situação normal. Gostaria que, quando eu for candidata, eu tenha o apoio da minha própria base. Mas não havendo esse apoio, vamos tocar em frente — disse Dilma.
Ao comentar a atitute de políticos do PR, que compõe sua base aliada, a presidente disse que “sempre por trás das coisas existem outras explicações” e declarou que não iria se importar com isso. Segundo ela, em ano eleitoral ocorrem fatos “concebíveis e “até as inconcebíveis”. Logo depois, a presidente disse que gosta do seu trabalho:
— Daqui até o final do ano, tenho uma atividade importantíssima para fazer, que não posso me desligar.
Na segunda-feira, em um jantar com editores de esportes de jornais e TVs do país, Dilma já havia falado que o “volta Lula” não iria afetar sua relação com o ex-presidente:
— Ninguém vai conseguir me separar do Lula, ou o Lula de mim. Sei da lealdade dele a mim, e ele sabe da minha lealdade a ele — declarou aos jornalistas. — Existe uma coisa que é lealdade. Então, isso não me pega.
Falando para um público baiano, Dilma comentou a greve de policiais militares na Bahia. Durante a paralisação, encerrada no último dia 17, foram registrados 59 homicídios em Salvador e região metropolitana, segundo a Secretaria de Segurança Pública.
— Vamos ter que ter tolerância zero com a violência. Não podemos tolerar que qualquer grupo ao fazer greve permita a morte de pessoas. Isso é inadmissível. A sociedade tem que perceber que tem de repudiar esse tipo de atitude.
Ainda durante a entrevista para rádios locais, a presidente lembrou que a Copa do Mundo será marcada pela luta contra o racismo e que pediu para o Papa Francisco escrever uma mensagem sobre isso para ser lida durante o mundial.
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