Ainda estamos aqui, apesar dos ataques
sofridos por meio de reformas que
impuseram uma ampla retirada de direitos trabalhistas. A referência ao
premiado filme de Walter Salles não
é casual. A história de Eunice e Rubens Paiva ilustra a necessidade de
resistência que marca também o sindicalismo.
Seguimos conquistando avanços para a classe
trabalhadora através de campanhas
salariais, convenções coletivas, programas de PLR (Participação nos Lucros
e Resultados) e da luta política.
Neste 1º de
Maio, Dia do Trabalhador, lutamos por redução
da jornada de trabalho sem redução salarial, pelo combate à carestia,
pela isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5.000, por taxas de
juros menores, empregos
decentes e igualdade salarial entre homens e mulheres.
Promovemos uma série de atividades das quais destacamos a Plenária Nacional, a marcha em Brasília e o lançamento da Pauta da Classe Trabalhadora. Sob o lema "Por um Brasil mais justo: solidário, democrático, soberano e sustentável", essa jornada nacional culmina no dia 1º de Maio com manifestações em centenas de cidades e com a retomada do tradicional ato na praça Campo de Bagatelle, em São Paulo.
Uma nação se constrói com solidariedade,
soberania e com direitos sociais e trabalhistas. Constrói-se com a valorização
dos trabalhadores, pois são eles o motor da produção, do consumo e da
transformação social.
Além da solidariedade e soberania, destacamos
em nosso lema a urgência da sustentabilidade. Mas a virada sustentável só será
possível através de uma transição justa, que integre o povo trabalhador por
meio de qualificação profissional, realocação e medidas que prevejam soluções
para o desemprego.
Por sua capilaridade e conhecimento das
demandas específicas de cada categoria, os sindicatos têm
papel estratégico na construção de um mundo mais justo e sustentável.
Mas, dilapidados pelas reformas liberais
iniciadas no governo Michel Temer (MDB), os
trabalhadores ainda sentem os efeitos das perdas impostas em 2017. Perdas que
afetam toda a nação, pois, quando os direitos trabalhistas são negligenciados e
a precarização do trabalho é crescente, o país se afasta do caminho do
desenvolvimento e fragiliza a democracia.
Por isso, também destacamos neste 1º de Maio
a luta incansável pela manutenção da democracia.
Ainda sentimos as ameaças
golpistas que ganharam força no governo de um ex-presidente que apoia
abertamente as atrocidades da ditadura
militar, denunciadas em "Ainda
Estou Aqui".
Isso revela que a construção da democracia é
tarefa permanente, algo que só é possível com a existência de sindicatos
fortes. As organizações dos trabalhadores são pilares fundamentais de uma nação
com justiça social, soberania, solidariedade, sustentabilidade e democracia.
Miguel Torres
presidente da Força Sindical
Sérgio Nobre
presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Ricardo Patah
presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo
Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Tesch Auersvald
Presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto
Presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)
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