• Para Aécio, Supremo perde com a saída do presidente
Renato Onofre - O Globo
SÃO PAULO - O pré-candidato à Presidência, Eduardo Campos (PSB), afirmou que “todos os partidos do Brasil que prezam a justiça e democracia” gostariam de ter o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, em seus quadros. O anúncio da aposentadoria do ministro reacendeu a esperança de Campos de tê-lo filiado ao PSB. Em fevereiro deste ano, o ex-governador de Pernambuco chegou a declarar que Barbosa “seria imbatível” na disputa do governo do Rio de Janeiro.
- Acho que o ministro Joaquim Barbosa teve um desempenho no judiciário brasileiro que tem o respeito do país. Enquanto ele está ministro da Suprema Corte do Brasil não cabeira um convite para que ele se filia-se a um partido político porque é incompatível, e tenho a certeza que todos os partidos do Brasil que prezam a justiça, que prezam a democracia gostariam de ter nas suas fileiras um brasileiro que tem a história de vida, (com) a biografia do ministro Joaquim Barbosa - afirmou Campos.
Em encontro com lideranças políticas em Franca (SP), Eduardo Campos deixou claro que no momento oportuno “amigos em comum” farão uma aproximação:
- Essa é uma decisão que ele não anunciou ainda o desejo de filiar a nenhum partido político. Eu desejo a ele sorte na nova etapa de sua vida, agora como cidadão e professor de direito que ele o é. E no caso dele pensar em se filiar algum partido com certeza teremos amigos em comum que irão aproximar ele do nosso partido - disse o presidenciável.
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), avaliou que o Supremo Tribunal Federal (STF) perde com a decisão do ministro Joaquim Barbosa de se aposentar.
— Acho que é um homem que o Brasil aprendeu a respeitar. Pode se gostar ou não dele, mas é um homem íntegro, honrado e que faz muito bem à Justiça brasileira— disse Aécio nesta quinta-feira, em Aparecida (SP), onde visitou o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno.
No ano passado, após o julgamento do Mensalão, Barbosa também foi lembrado para o embate eleitoral pela vice-presidência e também para a Presidência da República. Contudo, por imposição da lei eleitoral, ele não poderá concorrer a nenhum cargo público nesta eleição. O prazo para magistrados se desligarem do cargo para disputar as urnas é de seis meses antes do pleito. Neste ano, esse limite venceu no dia 5 de abril.
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