Juntos e fortes
A reconstrução da aliança entre PMDB e PT para as eleições de 2018, já em curso, tem lastro no fundo eleitoral recém- aprovado pelo Congresso. Somados, os dois partidos levarão um quarto dos recursos do “fundão” de cerca de R$ 1,8 bilhão, formado com recursos do Orçamento. O restante será distribuído para mais de 30 partidos. O condomínio eleitoral que elegeu Dilma Rousseff duas vezes repete- se também em negociações no Congresso em torno de medidas que podem inibir as investigações da Lava- Jato: proibição de delação de réus presos, restrição de conduções coercitivas, limites para investigações sobre escritórios de advocacia e a lei de abuso de autoridade. Para o deputado Chico Alencar ( PSOL- RJ), há um “processo de manutenção dos cartéis partidários”, que poderá frustrar qualquer desejo de mudança nas urnas.
Coerência tucana
No mesmo dia em que a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, do PSDB, invocava a Lei Áurea para garantir vencimentos de R$ 61 mil, o tucano José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, pregava a igualdade social, em artigo. Para ele, enquanto o Estado mantiver privilégios como as atuais regras de aposentadorias e as benesses reservadas às elites dos três Poderes, o combate de desvios será “mera retórica”.
Rolando Lero
Oficialmente, a reforma tributária está na agenda do governo para o Legislativo. Na prática, a história é outra, como mostrou o ministro Henrique Meirelles no Senado, terça- feira: “É um problema que, de fato, envolve uma definição, uma discussão preliminar muito grande, porque envolve a questão do valor adicionado do ICMS, a questão da tributação dos diversos setores, serviços versus indústria, questões de guerra fiscal etc. Em resumo, é um projeto complexo, mas realmente muito importante. Mas isso está avançando.”
Mobilidade zero
O centrão ficou irritado com a volta do projeto que regula aplicativos de mobilidade à Câmara, por decisão do Senado. Líderes dizem que, em ano eleitoral, querem fugir de polêmicas assim. A proposta tem tudo para ir diretamente à gaveta.
Replay
O racha do PSDB será reproduzido na briga pela liderança da bancada na Câmara. Deputados dos dois grupos já se movimentam para ganhar apoio. Os mais ligados a Tasso Jereissati querem um nome entre os jovens, os chamados cabeças pretas. Apontam Betinho Gomes ( PE) como uma das possibilidades. Do outro lado, Marcus Pestana ( MG), que tentou o posto contra o atual líder, Ricardo Tripoli ( SP), pode tentar novamente.
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