• Candidata fecha a série de entrevistas com os presidenciáveis
O Globo
RIO — Para os colunistas do GLOBO que participaram da sabatina com a presidenciável Dilma Rousseff (PT), realizada no Palácio da Alvorada nesta sexta-feira, a candidata foi firme em defender as políticas implementadas pelo governo federal, mas se esquivou de perguntas específicas sobre a estagnação da economia e a alta da inflação. Para Ancelmo Gois, há uma diferença entre a Dilma do contato pessoal e a Dilma durante entrevistas:
— No contato pessoal, ela parece outra pessoa. Mais amável, mais humana a ponto até de se emocionar em alguns momentos. Do ponto de vista do conteúdo, ela não consegue convencer sobre a questão das alianças e de tantos acordos políticos. Aí ela não é convincente.
Ilimar Franco, da coluna Panorama Político, entende que a presidente demonstrou entendimento sobre temas técnicos:
— A candidata defendeu vários pontos de vista e de programas de sua campanha, no qual tem sustentado sua plataforma de reeleição. Ela demonstrou grande entendimento sobre diversos temas técnicos.
Já para Miriam Leitão, Dilma se omitiu em dar explicações sobre de que forma retomará o crescimento da economia brasileira.
— Ela não explicou como vai tirar o país da estagnação e da inflação alta, que foi a primeira pergunta que fiz. Optou por falar da crise internacional e do que conseguiu fazer, como manter emprego. É uma preocupação grande porque, como foi no governo dela que a economia chegou a esta situação, queremos saber como ela vai reverter. Falou da crise internacional, mas os países que foram atingidos já estão saindo dela. Então a explicação internacional não é suficiente. E sobre o setor elétrico, eu também não achei que ela deu uma resposta satisfatória.
Segundo Merval Pereira, a candidata à reeleição driblou as perguntas espinhosas, como negociações do PT com outros partidos.
— Ela está muito convicta de suas razões e conseguiu driblar todas as perguntas relacionadas ao PT e ao seu governo, sobretudo nas negociações com os partidos, cujo ponto é o mais fraco do seu governo. É a velha política. Este será o debate que vai pautar o segundo turno.
Ricardo Noblat compreende que Dilma se excede na duração de suas respostas para evitar maior variedade de abordagem de assuntos.
— A candidata falou demais por duas razões: ela só sabe falar demais e, também, por esperteza, para não responder a mais perguntas e correr mais riscos. Pelo fato de ela falar muito, a variedade de assuntos não foi tão grande. Mas acho que, ainda assim, o público se sentiu satisfeito
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