Projeto retira direito a Fundo Partidário e a tempo de TV
Isabel Braga e Maria Lima
BRASÍLIA - Os maiores partidos, com o apoio do Palácio do Planalto, tentarão votar hoje, na Câmara, o projeto que limita direitos dos novos partidos ao Fundo Partidário e ao tempo de propaganda no rádio e na TV. O requerimento para a votação, em regime de urgência, está na pauta da reunião extraordinária convocada para a noite de hoje, e os líderes avisam que, desta vez, haverá articulação para aprovar o requerimento e, em seguida, votar o mérito. A ideia é aprovar a proposta hoje na Câmara e enviá-la ao Senado, para votação ainda amanhã.
Cientes de que é muito difícil evitar a aprovação desse projeto, o PPS e o PMN realizam suas convenções entre hoje e amanhã, formalizando a fusão e a criação de uma nova legenda, que abre uma janela para a migração, sem perda de mandatos, de deputados insatisfeitos em seus atuais partidos. Ontem, a Rede, sigla que está sendo criada pela ex-senadora Marina Silva, criticou, por meio de nota, o empenho do governo em aprovar a proposta. Argumenta que o interesse é o de eliminar "de forma casuística quem ameaça a reeleição do governo" e que é "um golpe contra a democracia para inibir o fortalecimento e a estruturação legítima de novas forças políticas".
De olho em eventual apoio à candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), o PSB ajudou o PPS a impedir a votação do projeto semana passada, mas agora reconhece as dificuldades.
- Na semana passada, conseguimos segurar o tratoraço, mas desta vez, infelizmente, é provável que consigam atropelar - afirmou o líder do PSB, Beto Albuquerque (RS).
Fonte: O Globo
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