• Representantes do PSDB e do PPS repudiaram fala de sindicalista que faz referência a 'pegar em armas'
Daiene Cardoso - O Estado de S. Paulo
Brasília - Partidos de oposição repudiaram nesta sexta-feira, 14, a declaração do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, feita nesta quinta em cerimônia no Palácio do Planalto. Para os oposicionistas, ao falar em "ir para a rua entrincheirados com armas na mão se tentarem derrubar a presidente", o sindicalista tentou intimidar os manifestantes que prometem ir às ruas contra o governo petista no próximo domingo, 16.
"A declaração do presidente da CUT, na sede do governo, num evento oficial, e na presença da presidente Dilma tem um objetivo bastante claro: intimidar as pessoas e tentar diminuir o impacto das manifestações de domingo. Isso é absolutamente inaceitável numa democracia", afirmou o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP).
Em nota, o parlamentar classificou a declaração de "absurda e inaceitável" e criticou a presidente Dilma Rousseff por não agir de forma enfática contra o discurso do presidente da CUT. "A presidente Dilma não o desautorizou. E, não sendo clara o suficiente diante de tamanho disparate, ela tem a obrigação de dizer à Nação que ela, de fato, não é conivente e não concorda com o posicionamento do presidente da CUT", comentou.
Diante da declaração de Freitas, o tucano informou que pretende entrar com representação junto ao Ministério Público Federal. "Eles querem intimidar a grande maioria dos brasileiros que estão indignados e não querem mais esse governo incompetente e marcado pela corrupção.", concluiu o líder do PSDB.
O líder da maior central sindical do País fez um discurso inflamado em defesa dos governos petistas, em especial da presidente Dilma e de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.
"Qualquer tentativa de atentado à democracia, à senhora, ou ao presidente Lula, nós seremos um exército", afirmou.
Nesta sexta o presidente do Solidariedade e ex-presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), disse por meio de nota que a postura de Freitas foi "irresponsável e antidemocrática". "As declarações do presidente da CUT incitam o ódio e a violência. Se nas manifestações previstas para este domingo, que vão pedir a saída de Dilma do poder, ocorrerem incidentes de violência, Vagner Freitas será um dos responsáveis por incitá-las", diz a mensagem do presidente da sigla.
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