Os democratas e humanistas de todo o mundo, independentemente de credo e nacionalidade, lamentam a morte do Papa Francisco. A sua luta pela paz e pelos direitos humanos será sempre lembrada pelos homens de boa vontade. A Humanidade perdeu, sem dúvida alguma, um dos seus maiores representantes.
O Papa Francisco foi o
primeiro pontífice latino-americano da História. Eis o que significou um avanço
extraordinário no tocante à trajetória católica. Creio que agora chegou o
momento de a Igreja lançar ou projetar o seu olhar para a África. O futuro da
Humanidade poderá se decidir no continente africano. E isso por uma razão
simples: daqui para 2050, um em cada dois cidadãos no mundo nascerá na África.
Mais: dois terços das terras ainda agricultáveis do planeta se encontram em
solo africano.
A África possui hoje cerca
de um bilhão de habitantes. As projeções para o final deste século indicam que
triplicará a sua população, enquanto que aquela da China, por exemplo, será
reduzida à metade.
Se a Igreja Católica
tiver juízo, deve ter esses dados em mente ao entronizar o novo Papa. Este
é, ao menos, o meu desejo.
Nós, brasileiros, que
possuímos uma relação histórica com a África, precisamos defender essa ideia
com muita simpatia. Afinal de contas, sem a África não existiria sequer o
Brasil tal qual nós o conhecemos hoje.
Quando o mais velho dos
cardeais anunciar o seu Habemus Papam (Temos um Papa), torço para que ele seja
um africano.
*Historiador
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