Folha de S. Paulo
Protagonismo do ministro da Justiça
incomoda oposição e até aliados do governo
Se Lula fosse Bolsonaro, o provável é que,
a esta altura, Flávio Dino estaria sendo fritado ou teria perdido o cargo. Pois
já se fala no ex-governador do Maranhão como candidato à Presidência em 2026.
Além da exposição midiática, Dino tem no momento o protagonismo de ações, o que
era proibido de ocorrer no antigo governo, centralizado na figura de um soba.
No tempo do capitão, quem se destacasse a ponto de virar um concorrente estava condenado. Luiz Henrique Mandetta saiu do Ministério da Saúde não só por discordar da política de combate à pandemia mas também por aparecer, numa pesquisa de 2020, como terceira opção de voto, atrás de Bolsonaro e Lula. Representado nas manifestações da direita por um enorme boneco do Super-Homem, Sergio Moro foi escorraçado do Ministério da Justiça.
É a pasta hoje ocupada por Dino, que tem a
maior popularidade digital entre os ministros e dá a impressão de estar em
todas. Ele gosta de aparecer, é debochado, mas sabe mostrar serviço. Na
prevenção a ataques a escolas, agiu rapidamente, intimando suspeitos e mandando
prender quem anunciava plano de violência pela internet.
No caso de racismo contra Vinicius
Junior, chegou à frente ao ameaçar com um "remédio extremo": o
uso do princípio da extraterritoriedade, que permite a aplicação da lei
brasileira no exterior. Para evitar a crise diplomática, o Ministério Público
da Espanha denunciou torcedores por crime de ódio.
Com receio de sua capacidade de articulação
e temendo seu potencial de crescimento político, a oposição não larga do pé
dele. Em vão: tem ficado com cara de tacho nos embates. O ministro entendeu o
jogo e o inverteu. São suas as cenas e as falas que, recortadas, ganham as
redes e viram memes. "Se você é da Swat, eu sou dos Vingadores",
respondeu ao mitômano senador Marcos do Val. Até petistas estão com ciúmes de
Flávio Dino.
Um comentário:
Flávio Dino é o cara,o resto é nádegas flácidas e nada mais,rs.
Postar um comentário