Guilherme Seto / Folha de S. Paulo
Deputada afirma que Supremo foi decisivo para
garantir a democracia e que o partido trabalhará contra a PEC na Câmara
Presidente do PT, a deputada federal Gleisi
Hoffmann (PR) diz ao Painel que considera um equívoco o voto de Jaques
Wagner (PT-BA) pela aprovação da PEC (proposta de Emenda à
Constituição) que limita
decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) e que o partido vai
trabalhar contra a matéria.
"Considero um erro o voto do senador
Jaques Wagner, infelizmente. Vamos trabalhar para que esta PEC não seja
confirmada pela Câmara dos Deputados", afirma Gleisi.
Líder do governo no Senado, Wagner disse nesta quinta-feira (23) que seu voto foi "estritamente pessoal". A proposta foi aprovada por 52 votos a 18, três a mais que os 49 necessários.
"O STF atuou decisivamente para garantir
a democracia em nosso país: na investigação e combate ao discurso e à ação dos
golpistas, antes e depois do 8 de
janeiro. Também garantiu o respeito ao processo eleitoral, diretamente ou
por meio de seus ministros no TSE", diz Gleisi.
"Durante a pandemia, foi o STF, a partir
de uma decisão monocrática, que garantiu as ações de governadores e prefeitos
em defesa da população, contra a política negacionista de [Jair] Bolsonaro e
seus ministros. Que sentido tem então a PEC aprovada ontem no Senado, cerceando
a atuação do Supremo, que não seja uma revanche política orientada pela extrema
direita?", completa a presidente do PT.
Nesta quinta, Luís
Roberto Barroso, presidente do STF, comentou o tema e falou em retrocesso
democrático.
Para ministros da corte, o gesto de Wagner foi determinante para que o texto passasse, já que a matéria foi aprovada com apenas três votos de folga. Além do próprio voto, Wagner contribuiu para que mais alguns senadores se posicionassem a favor do texto.
Um comentário:
O que é uma pena!
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