quinta-feira, 14 de maio de 2009

GOVERNO MEXE NA POUPANÇA

Oposição condena mudanças feitas pelo governo Lula

PSDB, PPS e DEM divulgam nota de repúdio e fazem defesa dos poupadores

Quando a oposição criticou o governo porque iria mudar a forma de remunerar a poupança, o presidente Lula desmentiu que faria alterações. Mas, agora, o governo federal confirmou que haverá mudança na forma de remunerar a caderneta de poupança. O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), junto com as lideranças do DEM e do PPS, divulgou nota condenando a atitude do governo Lula.

Abaixo, íntegra da nota da oposição:

GOVERNO MEXE NA POUPANÇA

O Governo Federal quebrou a confiança que o Brasil custou a resgatar na Caderneta de Poupança.

O anúncio feito nesta quarta-feira pelo Ministro da Fazenda mostra que o governo Lula optou por prejudicar o pobre, o aposentado, o trabalhador, criando um novo imposto para não perder arrecadação.

A Caderneta de Poupança é o único refúgio da economia popular.

O governo sabe disso, mas, estranhamente, anunciou uma desoneração temporária nos fundos de aplicação e uma tributação permanente na poupança, que guarda o fruto do trabalho do povo.

Os partidos de oposição - PSDB, PPS e DEM - estarão ao lado da população brasileira, nas ruas e no Congresso Nacional, lutando para que esta medida não seja aprovada e para que o povo não seja penalizado mais uma vez pelos erros deste governo federal.

MANIFESTAÇÕES
No início do mês de maio, dia 7, o PSDB, DEM e PPS já haviam divulgado nota conjunta criticando as possíveis mudanças na caderneta de poupança. Com o título "Em defesa da Caderneta de Poupança", os três partidos de oposição afirmavam que a necessária diminuição da taxa de juros não pode ser feita às custas do rendimento da caderneta de poupança. O governo Lula tem outros instrumentos fiscais e financeiros para corrigir a política de juros.

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse que a legenda "não aceitará a proposta do governo". E o presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV) afirmou que "o que nos une é a inépcia e a falta de responsabilidade do governo, que está enrolando a população e não quer mostrar a opção que fez", concluiu o deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas (ES).

A senadora Marisa Serrano (MS) também condenou a ação do governo e disse que "a poupança não é investimento, e sim aplicação proveniente da renda do trabalho", salientando que considera uma "injustiça as medidas divulgadas de maneira muito confusa e atabalhoada". Para ela, o governo deveria ter estudado com maior profundidade o tema, e não "improvisado medidas que poderão prejudicar milhares de brasileiros a partir de 2010 ".

O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), fez coro às afirmações do PSDB. Maia disse que "o Democratas é contra a criação de impostos e não aprova a medida do governo". Declaração no mesmo sentido foi dada pelo presidente do PPS, ex-senador Roberto Freire.

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